Religiosidade

MST realiza 1º Seminário com evangélicos/as de territórios de reforma agrária no PA

Esta é a primeira edição do Seminário Estadual Resistir com fé, com evangélicos e evangélicas vindos de territórios de reforma agrária do estado do Pará
Foto: Acervo MST no Pará

Da Página do MST

De 08 a 10 de dezembro de 2022 aconteceu o 1º Seminário Estadual Resistir com fé, evento que reuniu em torno de 30 evangélicos/as dos territórios organizados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Pará, no Instituto de Agroecologia Latino Americano Amazônico (IALA Amazônico).

O seminário aconteceu em parceria com o Instituto de agroecologia – IALA Amazônico, Cese e MST, com a proposta de dialogar com a diversidade de igrejas evangélicas que estão nos acampamentos e assentamentos do MST e construir pontes que possibilitem a construção de relações mais saudáveis e harmônicas de convivência e luta entre igreja e movimento social.

Dentre os temas debatidos pelos evangélicos estão perspectivas de religiosidade, fé e Movimentos populares, com uma leitura bíblica das lutas em defesa da comunidade e fundamentalismo. Também houve o lançamento da cartilha “Resistir com fé: os evangélicos e o trabalho de base”, produzida pelo Instituto Tricontinental.

Segundo a teóloga e pesquisadora Angelica Tostes, “é preciso dialogar com nossa classe, como o MST tem feito e em todos esses anos, e precisamos aprimorar as estratégias e não construir muros ,mais pontes de diálogos”.

Também foi celebrado um culto evangélico no IALA Amazônico, que contou com a participação de várias denominações religiosas da região, cantores e pregadores, além da participação do grupo de rap gospel JCA MC’s.

Além dos pastores e pastoras dos territórios do MST, o seminário contou com a presença de outros líderes de igrejas evangélicas de Marabá, Belém e Parauapebas.

“O seminário vem em um momento fundamental, em que é necessário e urgente debater o papel das igrejas evangélicas nos territórios de luta e como essas igrejas podem contribuir com o fortalecimento dessas comunidades em uma perspectiva em que fé e luta caminham juntas para a construção de uma sociedade melhor”, concluiu Diaconisa Polliane.

*Editado por Fernanda Alcântara