Justiça

Movimentos sociais se reúnem com a SSP para tratar da morte do defensor Cacheado

Entidades se reúnem com secretário estadual de Segurança Pública do Tocantins para tratar das investigações do homicídio e falar sobre a proteção de defensores de direitos humanos
Foto: Arquivo/ Reprodução

Da Página do MST

Diante da morte brutal do defensor de direitos humanos na luta pela terra Raimundo Nonato Oliveira, conhecido como Cacheado, no último dia 13, um grupo de movimentos sociais e entidades enviaram um ofício, no dia 14, ao secretário estadual de Segurança Pública do Tocantins (SSP), Wlademir Costa Mota Oliveira, solicitando uma reunião para tratar das investigações do homicídio e, também, falar sobre a proteção dos defensores e das defensoras de direitos humanos no Tocantins. Diante do pedido, a SSP marcou a reunião para esta sexta-feira, 16, na sede da SSP, em Palmas.

Cacheado, que tinha 46 anos, pai de três filhos, foi executado dentro de sua residência na madrugada do dia 13 por homens encapuzados, em Araguatins, região do Bico do Papagaio. Ele era militante histórico do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e dirigente do PSOL. Homem negro e defensor da reforma agrária, dedicou sua vida à luta pelo acesso a terra e contra o latifúndio e o racismo. Anos atrás sofreu tentativas de homicídio na região em razão do conflito da luta camponesa pelo acesso à terra na região.

Diante desses fatos anteriores, onde as investigações de tentativas de homicídio contra Cacheado foram arquivadas sem a identificação da autoria, os movimentos sociais requerem à SSP que encaminhe uma equipe de Palmas para realizar as diligências e investigações, uma vez que as autoridades locais sempre foram omissas em responder às ameaças feitas contra a vítima.

Participam da articulação, MST, Movimento Estadual dos Direitos Humanos do Tocantins (MEDH-TO), Coalizão Vozes do Tocantins, Movimento pela Soberania Popular da Mineração, Observatório de Conflitos Socioambientais do Matopiba, Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Articulação Tocantinense de Agroecologia, Centro de Direitos Humanos de Palmas (CDHP), do Conselho Estadual de Direitos Humanos, e Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) Tocantins.

*Editado por Fernanda Alcântara