Lutas Populares

Famílias do MST ocupam prefeitura de Santa Cruz de Cabrália-BA

Famílias afirmam que só deixarão o prédio após serem recebidos pelo prefeito
MST ocupa sede da prefeitura de Santa Cruz de Cabrália, na Bahia. Fotos: Daniel Violal, Coletivo de Comunicação MST-BA

Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST

Na manhã desta segunda-feira (06), cerca de 200 trabalhadores(as) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST ocuparam a sede da prefeitura de Santa Cruz de Cabrália, na Bahia, regional extremo sul, exigindo que o Prefeito Agnelo Santos (PSD) cumpra com as pautas que vem sendo negligenciadas há mais de 2 anos nas áreas de assentamentos do município.

Na ocasião, as famílias dos assentamentos Lulão, Gildasio Sales e Ojjeferson Santos denunciaram a falta de compromisso e abandono do prefeito com o desenvolvimento da agricultura familiar.

A ocupação é uma denúncia ao descaso da gestão municipal com os assentados da Reforma Agrária.

As principais pautas são relacionadas ao acesso e manutenção das estradas que, com as fortes chuvas, estão esburacadas e sem manutenção há quase dois anos, o que impossibilita a circulação dos estudantes e comercialização da produção; construção de pontes para acesso às áreas; melhoria nas condições de saúde, com atendimento médico e manutenção do posto de saúde; iluminação nas áreas coletivas, escola e estrada; e condições para a produção da agricultura familiar, assim como outras.

Os manifestantes foram informados pela chefia do gabinete do prefeito Agnelo Santos que ele não se encontra no município e as famílias afirmam que só deixarão o prédio da prefeitura após serem recebidos pelo próprio prefeito.

Segundo Patrício Bobbio, da direção do MST, “nossas famílias já estão cansadas de promessas vagas e reuniões que não saem do papel. Há mais de um ano e meio estivemos aqui, com uma comissão pequena para nos reunir com o prefeito, saímos daqui com muitas promessas que não foram cumpridas. Então, agora o gestor municipal terá que nos receber, é a população que vive em três assentamentos que pertencem a essa cidade. Seja hoje ou o dia que for, não sairemos daqui sem que as máquinas já estejam nos assentamentos”, concluiu.

*Editado por Fernanda Alcântara