Mulheres Sem Terra
Jornada das Mulheres Sem Terra no PR reúne 600 camponesas em marcha, partilha e cultura
Por Ednubia Ghisi, do Setor de Comunicação e Cultura do MST-PR
Da Página do MST
Mais de 600 camponesas Sem Terra de todo o Paraná, moradoras de acampamentos e assentamentos, fizeram história e mostraram toda sua organização, força e solidariedade durante a Jornada de Lutas realizada de 6 e 8 de março, em Curitiba e Almirante Tamandaré. Todas pelo tão aguardado reencontro ocorreu depois de três anos sem jornadas massivas das mulheres integrantes do MST, após um período de muita dor trazida pela pandemia e inúmeros retrocessos impostos pelo último governo federal.
O lema da Jornada no estado trouxe o grito das principais lutas deste período: “Mulheres em resistência, contra todas as formas de violência. Por Terra, Teto e Trabalho, democracia e sem anistia”. Para as camponesas, o direito à terra é essencial para garantir o acesso a outros direitos. Por isso a urgência de que o INCRA e o governo federal do presidente Lula avancem na formalização dos mais de 80 acampamentos no Paraná, e de outras centenas espalhados por todo o Brasil.
“A terra é vida. Para nós que somos camponesas, a terra dignifica. É o lugar de produzir comida, e ter nossa casa, ter um espaço para viver e ter segurança […]. Isso que é a luta pela terra, isso que é o MST, é isso que as mulheres Sem Terra querem, um lugar pra viver e criar os seus filhos com dignidade”, resumiu Jocelda Oliveira, dirigente estadual do MST e moradora do acampamento Maila Sabrina, em Ortigueira.
O machismo não é natural
A programação extensa dos três dias de encontro equilibrou espaços de formação teórica, debates organizativos, atividades culturais, marchas unitárias pelo centro da capital, negociações com o poder público e solidariedade. Alguns desses momentos foram realizados somente com a participação de mulheres, chamados espaços auto-organizados, que garantem um ambiente mais seguro e confortável para lidar com temas muitas vezes delicados e dolorosos.
Alguns espaços de formação provocaram burburinhos e cochichos, durante e depois da plenária, tamanho interesse das mulheres pelo assunto. Foi o caso do tema “Relações humanas emancipatórias e a Reforma Agrária Popular”, facilitado pela militante histórica do MST do PR, Maria Izabel Grein. Ela apresentou o machismo como uma prática que vai além da ação individual, mas sim uma necessidade que o capitalismo tem de promover a violência para subjugar e se impor.
Para além do feminicídio e da violência física, o machismo se expressa por meio de atitudes consideradas “normais”. “Estamos em um momento em que temos que desnaturalizar o natural, porque a maioria das diferenças que dizem que é natural, não é natural”, enfatizou Izabel. Exemplo disso é quando as mulheres são impedidas ou prejudicadas por outros companheiros para participar das atividades políticas do Movimento; ou pela violência verbal pelos próprios maridos ou namorados, por palavrões, xingamentos, falta de acesso aos recursos financeiros que ajuda a produzir no ambiente familiar, e em tantas outras práticas.
Sentir-se gente e com direitos iguais aos das outras pessoas é um dos passos importantes para sair do círculo de violências. “Quando uma mulher se descobre mais humana, ela sente dores que muitas ainda não estão sentindo. […] Na medida que a gente vai descobrindo as violências, vamos lutando contra essas violências”, garantiu a militante do MST, a partir da sua experiência de quase 40 anos como militante do Movimento.
O relato da camponesa Ivone Borges Brizola dialoga com a afirmação de Izabel, e inclui a participação no MST como parte do fortalecimento das mulheres. Conhecida como Vani, ela tem 3 filhos e vive no acampamento Sebastião Camargo, em São Miguel do Iguaçu. Lá produz de tudo um pouco, para o autossustento e também para ações de solidariedade – a comunidade participou de mais de 10 doações desde o início da pandemia.
“Me orgulho de ser mulher, me orgulho de ser camponesa. A diferença da gente ser do MST é porque ele nos dá oportunidade pra gente mostrar que a mulher é importante na sociedade, que a voz da mulher também conta, que a mulher não tem que ser dona de casa e ficar dentro de casa, ela tem que participar das instâncias e tomar as decisões. Quem promoveu isso foi o MST”, disse Ivone, que faz parte do Movimento há 30 anos e atualmente é dirigente estadual pela região oeste.
A programação do encontro também trouxe formação com o tema “O agronegócio lucra com a fome e a violência. Por terra e democracia, mulheres em resistência”, lema da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Sem Terra. O assunto teve assessoria das companheiras Bruna Zimpel, da direção nacional do MST pelo PR, e Thaile Lopes, da direção estadual do MST.
O tema “O impacto dos Agrotóxicos na vida das mulheres” ficou por conta da advogada popular Naiara Bittencourt, integrante da Terra de Direitos e da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.
O último momento formativo do encontro tratou dos desafios para a organicidade, trabalhados pelas companheiras Priscila Monnerat, coordenadora do Coletivo de Gênero do estado, e Juliana Melo, coordenadora do Coletivo de Gênero da região Centro. Entre as tarefas centrais para o próximo período neste tema está ampliar a participação das mulheres Sem Terra na organicidade do MST, ação que a própria jornada ajudou a semear e cultivar.
Organização e trabalho coletivo para fazer acontecer
O dia 6 de março ainda não tinha amanhecido quando os primeiros ônibus começaram a chegar à Chácara do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Paraná (Sindijus), área rural de Almirante Tamandaré, Região Metropolitana de Curitiba, que recebeu o encontro. No clarear do dia, os 11 ônibus previstos já estavam no local do encontro, vindos de todos os cantos do estado.
Em pouco tempo, centenas de mulheres e crianças, e alguns poucos homens que também se somaram às equipes de trabalho do encontro, montaram as cozinhas e logo o cheiro de café já se espalhava pelo ambiente. Logo o espaço de alojamento estava todo ocupado. Equipes de limpeza e disciplina funcionaram de forma permanente no espaço, a partir da organização das companheiras. Antes das 10h, uma mística que falava sobre a fome e a urgência de reforma agrária abriu oficialmente a Jornada.
Para chegar até ali, foram cerca de 3 meses de muito trabalho coletivo nas comunidades, bingos e atividades culturais para arrecadar recursos, mutirões de colheita de alimentos e produção de panificados para garantir a alimentação farta e diversificada durante o encontro. Ainda durante o encontro, os grupos de mulheres de cada região sortearam as rifas, e venderam botons, bolsas e camisetas personalizadas com o nome de coletivos das comunidades.
“Foi um trabalho emocionante e maravilhoso, porque as companheiras se dedicaram, foram atrás das finanças, prepararam todo o material que a gente ia trazer, e principalmente preparar a nossa pauta das famílias assentadas e acampadas. Isso criou um ânimo, uma força, uma vitalidade pra que a luta volte a ser democrática e tenha resultado nas ruas”, contou Sandra Ferrer, a Flor do assentamento Eli Vive, de Londrina, que faz parte da direção estadual do MST e integrou o coletivo de organização a Jornada.
Saúde Popular como aliada no combate a todas as formas de violência
O espaço permanente da Saúde Popular teve movimento constante durante os três dias de Jornada, como ocorre em cada grande encontro do MST, a partir do Setor de Saúde do Movimento. Ao todo, cerca de 20 companheiras Sem Terra e também apoiadoras urbanas ofereceram diversos tipos de atendimentos.
A diversidade era grande, desde ensinamentos com ervas medicinais, chás, fitoterapias, ventosaterapia, biomagnetismo, cuidado com a glicemia, aferimento de pressão, auriculoterapia, benzimento, reiki, escalda pés e outros procedimentos de saúde natural.
Ao todo, cerca de 20 companheiras Sem Terra e também apoiadoras urbanas ofereceram diversos tipos de atendimentos. Fotos: Luana Menegassi / MST-PR
Sirlei Morais, dirigente estadual do Setor de Saúde, conta que o Espaço da Saúde também garantiu a escuta, que em muitas situações já é o tratamento em si, porque as companheiras podem compartilhar umas com as outras suas angústias, seus medos e apoiar umas às outras.
“É muito importante que as mulheres busquem se apropriar dos saberes populares, conhecimento da saúde e da educação popular, porque é a essência nossa, como povos do campo, está no conhecimento do povo da floresta. É fundamental no momento em que estamos para combater todas as violências e potencializar a resistência contra o capitalismo, pela terra, alimentação saudável e cuidado do meio ambiente”, reforçou a dirigente.
Ciranda Infantil a participação política das mães
A afirmação de que algumas atividades são “coisa de homem” e outras “coisa de mulher” é comum na cultura machista. Um exemplo forte disso é que as tarefas de cuidado, seja dos filhos, como das pessoas idosas ou doentes, na maioria das vezes ficam sob responsabilidade das mulheres. São trabalhos essenciais, porém não remunerados e desvalorizados.
Para garantir que as mães também possam participar das atividades do Movimento, o MST criou a metodologia das “Cirandas Infantis”. São espaços pedagógicos para o cuidado, diversão e formação das crianças Sem Terrinha.
Entre o público da Jornada das Mulheres Sem Terra deste ano, 34 eram crianças de 1 a 12 anos, todas participantes da Ciranda organizada pelo Setor de Educação do MST. Durante todos os dias, 16 educadores e educadoras cuidaram e garantiram uma programação especial de atividades para os pequenos.
O registro do início do uso dessa metodologia é de 1987, durante o 1º Encontro Nacional de Educadores/as da Reforma Agrária (ENERA). Elas estão multiplicadas por todo o Brasil em espaços permanentes do MST, como nas escolas de formação, e também nos encontros e eventos organizados pelo Movimento.
“A gente quer comida, diversão e arte”
Uma roda de samba com mulheres cantando e tocando diversos instrumentos, e rodeadas por centenas de mulheres também cantando e dançando, rindo e brincando. A cena tão rara e contagiante ocorreu na segunda noite da Jornada, com a apresentação do grupo “Mulheres na Roda de Samba de Curitiba”.
Nesta mesma noite, uma Jornada Socialista abriu caminho para as comemorações no Paraná dos 40 anos do MST, celebrado em janeiro do próximo ano. O “Café das Camponesas” garantiu comida boa, fruto da Reforma Agrária Popular, como queijo, iogurte, frutas, salames e panificados.
A cultura e a arte estiveram presentes ao longo de todo o encontro, seja pelas músicas e místicas organizadas pelas próprias participaram, ou por artistas convidas. Também fizeram parte da programação o show “Cuida de ti, mulher”, de Cida Airam e Rapuso, e as Caixeiras do Divino Espírito Santo de Curitiba. A dança e consciência corporal ganharam espaço de oficina com Sylviane Guilherme, militante do Setor de Comunicação e Cultura do MST.
A cultura e a arte estiveram presentes ao longo de todo o encontro, seja pelas músicas e místicas organizadas pelas próprias participaram, ou por artistas convidas – Foto: Leonardo Henrique – MST-PR
As visitas aos Museus Oscar Niemeyer e Paranaense marcam a última tarde da Jornada, no dia 8 de março, e vão ser lembradas como o momento histórico em que algumas camponesas Sem Terra entraram em um museu pela primeira vez. É o caso de Lindair Fabrício Coito, de 37 anos:
“Gostei muito porque tem muitas coisas que a gente não conhece e acaba vendo aqui. Foi uma oportunidade muito grandiosa pra nós, porque no município do Pinhão nós não temos oportunidade de sair e conhecer coisas novas. Foi muito valioso pra mim”, relatou a camponesa mãe de 3 filhos, acampada na comunidade Nova Aliança, município de Pinhão.
Clesmilda de Oliveira, 32 anos, moradora da comunidade Encontro das Águas, de Guarapuava, viu a mãe, dona Cleide, visitar um museu pela primeira vez. “Muitas vezes é negado pra nós o acesso à cultura, pelo fato da gente viver no campo”, relatou, lembrando que o museu da cidade onde vive deixa de fora a cultura dos povos que formam a região, indígenas, faxinalenses, quilombolas e campesinos.
Companheiras que visitaram o MON fizeram um registro junto à réplica do monumento em homenagem ao camponês Antonio Tavares. Foto: Jaine Amorim / MST-PR
Visita ao MAPA – Foto: Juliana Barbosa / MST-PR
A visita ao MUPA inspirou sonhos para o futuro: “Quem sabe podemos também planejar a construção de museus também em espaço da reforma agrária para que a gente consiga expandir para que mais pessoas tenham acesso à cultura. O nosso povo é muito rico em cultura. Embora nossos pais não tiveram oportunidade de estudar, mas a questão do conhecimento e da sabedoria é muito diversificada”, disse a militante, que também faz parte do Setor de Comunicação e Cultura do MST.
Unidade na luta
As imagens da marcha realizada na tarde do dia 7 de março mostram mais de 1500 mulheres, muitas delas usando camisetas com uma estampa que se confundia com a própria mobilização: mulheres com diferentes características, com chapéu de palha ou boné vermelho na cabeça, martelo na mão, criança no colo, de braços dados. Mais ao fundo, uma multidão de outras mulheres. Acima, casas, bandeiras coloridas, um carrinho de material reciclável, uma roça de milho e uma araucária. Bem no centro e à frente, uma grande faixa com a frase “Por Terra, Teto, Trabalho e Democracia”. No contorno está o símbolo lilás do feminismo.
A ilustração ganhou forma poucos dias antes do início da Jornada, num esforço de traduzir a unidade que estava em construção pela primeira vez. A partir de trocas de ideias entre companheiras do campo e da cidade, sugestões e acréscimos, e de um esboço produzido pela companheira Priscila Priscila Monnerat, a finalização da obra foi por conta da artista Verônica Fukuda, ilustradora e professora de desenho que contribui de forma voluntária com a arte.
A unidade nas camisetas expressou a articulação valiosa e inédita entre mulheres de movimentos sociais populares do campo e da cidade, que em comum integram a articulação Despejo Zero Paraná, criada há cerca de um ano. Junto às companheiras do MST estavam na marcha integrantes do Movimento Popular por Moradia (MPM), do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), do Movimento de Trabalhadores Por Direitos (MTD), da União de Moradores e Trabalhadores (UMT) e a União das Artesãs Indígenas por Casa de Passagem e Cultura.
18 ônibus de diversas comunidades de Curitiba e região participaram da marcha – Fotos: Juliana Barbosa / MST-PR
Entre as centenas de pessoas marchantes estavam mulheres moradoras de acampamentos e assentamentos do MST de todas as regiões do estado, indígenas e dezenas de ocupações urbanas de Curitiba e Região Metropolitana. Muitas estavam acompanhadas de filhos pequenos. Ainda na concentração, iniciada por volta do meio-dia, todo o público participante recebeu uma refeição quentinha preparada pelo Coletivo Marmitas da Terra. Entre os cartazes, e faixas, muitos traziam o nome das comunidades das quais faziam parte, e pelo direito de permanecer nelas. A bateria deu ritmo à caminhada, puxada por integrantes da Unidos da Lona Preta e da Bloca e Ela Pode, Ela Vai.
Após marcharem, uma comissão de 150 mulheres participou da audiência com representantes do poder público, no auditório do Palácio das Araucárias, localizado ao lado da Praça Nossa Senhora de Salette. A canção “Ôh, mulher”, composta e cantada por Jô Macari, abriu a atividade e apresentou em versos a síntese da pauta das mulheres. A música está no cancioneiro da Jornada das Mulheres Sem Terra, junto de outras canções, contos e poesias.
Moradia, terra, trabalho, enfrentamento à violência doméstica, acesso à educação, saúde e lazer estão entre os temas da pauta de reivindicação apresentada pelas mulheres dos movimentos sociais integrantes da articulação Despejo Zero. Um grupo de mais de 20 autoridades recebeu a pauta e ouviu os depoimentos de algumas companheiras. Entre as pessoas convidadas estavam desembargadores do Tribunal de Justiça, promotores e procuradores do Ministério Público, representantes do governo federal, estadual, de prefeituras, da Assembleia Legislativa e do INCRA/PR. Em quase duas horas de audiência, as diversas autoridades que se manifestaram assumiram o compromisso de buscar soluções para as reivindicações apresentadas pelas companheiras.
A história e a prática dos movimentos populares mostra o caminho a seguir, como reforçou Bruna Zimpel, dirigente nacional do MST pelo Paraná: “Todas as nossas conquistas, enquanto classe trabalhadora e enquanto mulheres, são resultados de muita luta. Precisamos seguir em unidade, estudando, nos formando, nos organizando e construindo lutas sempre”. Na manhã daquele mesmo dia, cerca de 120 mulheres Sem Terra do Paraná protagonizaram a primeira audiência de negociação de 2023 com o INCRA, na sede estadual do órgão. Outro grupo de 90 camponesas foi até uma audiência na Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Paraná (SEAB), para entregar a pauta com as reivindicações voltadas ao desenvolvimento da agricultura camponesa de base agroecológica.
A pauta das mulheres do campo e da cidade foi entregue para mais de 20 autoridades – Foto Juliana Barbosa / MST-PR
A solidariedade fechou a tarde de mobilização unitária das mulheres. As camponesas Sem Terra prepararam a partilha de 17 toneladas de alimentos, distribuídas em 850 kits trazidos de seus quintais, lavouras e agroindústrias. A diversidade era de encher os olhos: arroz, feijão, fubá, mandioca, batata, beterraba, abacate, abóbora, cenoura, repolho, banana, além de 1800 litros de iogurte da marca Campo Vivo, produzido pela Cooperativa de Comercialização e Reforma Agrária União Camponesa (Copran), de Arapongas (PR).
Apesar da chuva, os alimentos chegaram até as centenas de mulheres vindas da periferia de Curitiba e região, que participaram da marcha. As ações de solidariedade ganharam força entre as famílias Sem Terra desde o início da pandemia. As iniciativas foram uma das formas de resistência contra a fome que assola mais de 33 milhões de brasileiras e brasileiros, por consequência do desmonte das políticas públicas na gestão Bolsonaro. Mais de mil toneladas de alimentos foram doadas pelo MST do Paraná, desde abril de 2020.
A unidade também ganhou as ruas na noite de 8 de março, com a marcha organizada pela Frente Feminista de Curitiba, RMC e Litoral. Foi a última atividade em que as camponesas Sem Terra participaram, como parte da programação da Jornada de Lutas. “A gente vem pra afirmar a nossa proposta de unidade entre as mulheres da classe trabalhadora. Então a gente traz o feminismo camponês popular pra dialogar com as diversas correntes do feminismo que estão aqui”, frisou Juliana Mello, integrante da coordenação do MST na região Centro do Paraná.
*Editado por Fernanda Alcântara