Pauta

MST e MDS costuram parceria para integrar trabalhadores rurais nos programas sociais do governo

Coordenadores do movimento sugeriram iniciativas para a erradicação da fome e a diminuição da desigualdade social no país
Foto: Roberta Aline/MDS

Um diálogo para discutir perspectivas de como tirar o Brasil do mapa da fome e da miséria, diminuindo a desigualdade social. Foi com o compromisso de contribuir com a inclusão produtiva e de garantir acesso aos programas sociais às famílias acampadas pelo país que a coordenação do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) se reuniu, nesta quinta-feira (20.04), com o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.

Durante o encontro, foram debatidas ações para assegurar a comercialização da produção dos assentados, propiciando uma forma de sustento e garantia de renda para as famílias que estão no campo. Os representantes do movimento também convidaram o ministro para a 4ª Feira Nacional da Reforma Agrária, que será realizada entre os dias 10 e 14 de maio, em São Paulo.

Wellington Dias ressaltou a importância de garantir terra para a a produção de alimentos. “Muitas pessoas querem trabalhar e não têm condições nem área para plantar e para produzir. Vamos identificar quem está fora do Cadastro Único e quem está passando fome, e garantir que tenham condições de fazer as refeições com dignidade”, afirmou. “Programas como PAA, Cisternas e Fomento Rural podem contribuir e garantir uma condição de renda e de vida melhor para essas pessoas”, acrescentou o ministro.

Para a coordenadora nacional do MST, Ceres Hadich, o MDS tem papel fundamental no combate às desigualdades e, principalmente, no combate à fome. “A fome é o sintoma de uma contradição no Brasil. Como vivemos num país tão rico e tão diverso, com tanta terra e possibilidades de produzir alimento saudável, e ainda existir a fome?”, indagou. “Isso dialoga com o tema da reforma agrária. Ela é parte do processo de encontrar saída para a fome porque a fome não espera, ela é imediata”, frisou.

Ao mesmo tempo, Ceres Hadich ressaltou também a importância de ações a longo prazo. “Fazer chegar os alimentos produzidos pela agricultura familiar e de cooperativas a pessoas que estão passando fome, combatendo a insegurança alimentar e estrutural. A médio e longo prazo, precisamos pensar em um plano que envolva a reforma agrária para garantir segurança e soberania alimentar no nosso território”, disse.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, destacou que programas do MDS fortalecem a agricultura familiar. “Esse é um setor muito importante para o abastecimento do país. É garantia de alimentação adequada no prato das pessoas. Por outro lado, é um setor que sofre com o empobrecimento e com a fome”, analisou. “Quando fortalecemos a agricultura familiar, reforçamos também um modo de produção que é mais sustentável para o meio ambiente. É uma receita muito poderosa”, definiu.

Outra medida adotada pelo MDS no combate à fome é o incentivo à criação das cozinhas solidárias em comunidades urbanas, para promover dignidade e alimentação saudável à população. O exemplo também deve ser replicado em áreas rurais.

Assessoria de Comunicação – MDS