Jornada de Lutas

MST no RN realiza três ocupações nesta semana na Jornada de Lutas

As ocupações de áreas improdutivas foram realizadas na região metropolitana de Natal, em Macaíba e na região agreste do estado, nos municípios de Riachuelo e Ielmo Marinho
As áreas ocupadas contam com cerca de 300 famílias em luta, organizadas e construindo suas moradias. Foto: Acervo MST/RN 

Por Coletivo de Comunicação MST no RN
Da Página do MST

Encerrando as atividades da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária realizada durante o mês de abril, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Rio Grande do Norte ocupou, na última semana, mais três áreas improdutivas, totalizando em cinco no estado durante a Jornada de Lutas. 

As ações aconteceram na região metropolitana de Natal, no município de Macaíba e na região agreste do estado, nos municípios de Riachuelo e Ielmo Marinho, onde cerca de 300 famílias estão em luta, organizadas e construindo suas moradias. 

A área ocupada em Riachuelo (RN) se chama 1º de Maio e a ocupação foi realizada na fazenda Ubatuba, que já teve uma parte desapropriada em 2009, e hoje as famílias Sem Terra estão reivindicando outra parte para fins de Reforma Agrária. Em Ielmo Marinho foram ocupados 1.245 hectares da fazenda Terra Nova, que já está na pauta de reivindicação do MST em Brasília, faltando somente o processo de emissão de posse, que foi revogado quando Michel Temer ainda era presidente em 2017.

Como forma de ocupação próxima a centros urbanos, a comuna Elizabeth Teixeira, foi ocupada em uma área inutilizada, que pertence à prefeitura de Macaíba (RN), composta por famílias de trabalhadores e trabalhadoras que têm necessidade de moradia, infraestrutura e condições básicas para viver, mas não possuem condições para pagar aluguel. A comuna urbana propõe analisar a relação entre habitação e espaço urbano, ao expor as mediações da reprodução social na dinâmica da produção do espaço urbano. 

Só no Rio Grande do Norte, atualmente, estão organizadas 18 comunas urbanas, com 3.252 famílias que além de reivindicarem moradias, também integram a agroecologia nos espaços urbanos. Nesse sentido, o MST propõe a discussão no espaço-tempo da (re)produção do espaço, com referência à fragmentação dos trabalhadores e trabalhadoras nos processos de trabalho e urbanização, no espaço político e espaço das lutas no cotidiano.

As ocupações são para nós do MST, o pulsar do coração da luta organizada. São nelas que expressamos a nossa capacidade de organizar e massificar para assim lutar pelo objetivo de conquista da terra, lutar por Reforma Agrária e pela transformação da sociedade, o Abril de lutas desse ano foi o reflexo da nossa organização pela Reforma Agrária Popular.

*Editado por Solange Engelmann