Alimentaçao Saudável

Agricultores do DF levam mais de 4 toneladas de alimentos para Feira do MST

A quarta edição do evento, organizado pelo MST, começou nesta quinta (11) e vai até domingo (14), em São Paulo
A delegação do DF e entorno leva 4,5 toneladas de produtos. Foto: Comunicação MST DFE

Do Brasil de Fato | Brasília (DF)

Agricultores de todo o Distrito Federal e região do entorno se mobilizam para participar da 4ª edição da Feira Nacional da Reforma Agrária, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O evento acontece a partir desta quinta-feira (11) até domingo (14) no Parque da Água Branca, em São Paulo, e a entrada é gratuita.

A delegação do DF e entorno, composta por 38 militantes, chegou na manhã desta quarta (10) na região com cerca de 4,5 toneladas de produtos. Dentre eles, temperos, farinhas, geleias, conservas, flocão de milho, cachaça, artesanatos, óleos de massagem, doces, castanhas, mel, biscoitos e outros produtos da agricultura familiar produzidos no Distrito Federal.

“A importância fundamental de nós estarmos participando desta feira é que além de poder divulgar nossos produtos agroecológicos do Cerrado e do Centro-Oeste, também é fazer amizade, trocar experiências com as outras delegações dos estados e ter contatos de cooperativismo com as outras cooperativas do MST de todo as regiões do Brasil”, explica Antônio Dias, coordenador de produção do MST DF e entorno. 

Cerca de 1,2 mil feirantes são esperados com mais de 500 toneladas de alimentos cultivados em assentamentos e acampamentos, vindos de 56 carretas de 23 estados brasileiros. No domingo (14), 25 toneladas desses alimentos serão doados em uma ação de solidariedade.

Além dos produtos, cada região ficou responsável pela preparação de pratos típicos no espaço Culinária da Terra. A região Centro-Oeste vai preparar arroz com pequi, galinhada, frango com gueroba, aventreche de pacu, vaca atolada e outros pratos vegetarianos e veganos.

A Feira também conta com vasta programação cultural, com apresentações artísticas e shows de Zeca Baleiro, Yago Oproprio, Jorge Aragão, Gaby Amarantos, Johnny Hooker, Liniker, Chico César, Lenine e outros. 

“A expectativa é a melhor, é de termos momentos culturais, momentos de reflexões e reuniões de cooperativismo, a comercialização dos nossos produtos, da agricultura familiar do Centro-Oeste”, conclui Antônio.

A importância da luta

A Feira Nacional deste ano denuncia o aumento da fome causado pelo avanço do modelo do agronegócio e é a primeira grande ação do movimento após aprovação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o MST. De acordo com o MST, a Feira também busca trazer evidências concretas aos argumentos do movimento em defesa de suas formas de atuação e da redistribuição de terras no Brasil.

O evento deste ano, o primeiro no formato tradicional desde o início da pandemia, marca o início das celebrações dos 40 anos do MST. A feira estreou em 2016, e foi realizada também em 2017 e 2018. Em setembro de 2019, o evento entrou oficialmente no calendário de turismo da cidade de São Paulo, mas não foi realizado porque o então governador João Doria (PSDB) vetou o uso do Parque da Água Branca.

Em 2020 e 2021, por causa da pandemia de covid-19, o evento foi cancelado. Em 2022, foi realizado o Festival Nacional da Reforma Agrária, uma versão mais enxuta, devido às restrições que ainda existiam por conta da pandemia.

Fonte: BdF Distrito Federal

Edição: Flávia Quirino