Rumo aos 40 Anos
MST realiza Encontro da Coordenação Nordeste no Centro de Formação Paulo Freire (PE)
Por Francisco Terto
Da Página do MST
Entre os dias 6, 7 e 8 de julho, coletivos de dirigentes do MST estiveram reunidos para realizar avaliação e um amplo debate sobre a correlação de forças na esfera política, e assim apontar as atividades para próxima período diante do cenário político, econômico e social da reforma agrária e da luta política brasileira.
O encontro contou com representação de 8 estados do Nordeste brasileiro onde o MST está organizado. Estiveram reunidos 110 delegados e delegadas dos estados da Bahia, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Paraíba, Río Grande do Norte, Ceará e o Piauí. Este foi o primeiro Encontro pós-pandemia a nível de nordeste.
A mística de abertura da atividade retratou os elementos histórico dos 40 anos do MST deu o tom da atividade, e assim os elementos da história de quase quatro décadas atravessou as demais místicas durante o Encontro, trazendo a memória do Movimento na luta pela terra. Já a jornada socialista teve como foco a Gênesis do MST nos estados do Nordeste.
Os eixos transversais que perpassaram a atividade foram as tarefas da massificação, estudo da conjuntura política e agrária do atual governo Lula, formação política e técnica, como avançar no diálogo com a sociedade, a Reforma Agrária Popular os desafios, reflexões sobre a organicidade e estrutura organizativa e alinhamento sobre os 40 anos do MST nos estados, no nordeste e no Brasil, além de apontar orientações sobre o 7⁰ Congresso do MST. Outro tema de estudo foi sobre relações humanas como princípio e valor de uma nova sociedade.
A sessão de estudo iniciou com o tema da conjuntura com Maria de Jesus do setor de educação e Caetano di Carli professor da UFAPE, uma manhã inteira dedicada ao entendimento da luta de classes.
Todos os temas de estudo e reflexão foram ministrados por um grupo de dirigentes do MST dos estados, foi momento importante de olharmos para dentro principalmente relacionado as territorialização do Movimento no Nordeste para uma reflexão aprofundada sobre o processo histórico, organizativo, ambiental, na produção produção de alimentos saudáveis, na comercialização, cultural e nas lutas, levando em conta na região Nordeste variações culturais das especialidades dos territórios. Entretanto mantendo a unidade no campo ideológico e nas lutas.
O ato encerramento teve como ponto forte o compromisso do MST com a pauta ambiental e com bens da da natureza, sobretudo do Plano Nacional Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis. Foi entregue uma muda de baobá para cada delegado(a), árvore símbolo da resistência e que tem um tempo de vida secular. Os compromissos e desafios foram lançados as delegações voltaram motivadas para os seus respectivos estados para implementarem as ações.
Confira abaixo uma breve entrevista com Jaime Amorim, da direção nacional:
O que representou o Encontro da Coordenação Nordeste?
O fundamental é que a gente mantenha a nossa unidade política a nível nacional, todas as regionais, as 5 fizeram ou estão fazendo a sua reunião da coordenação regional.
Qual sua avaliação da conjuntura?
Segundo é o momento de avançar, nós derrotamos Bolsonaro eleitoralmente e agora vamos ter que derrotar os bolsonaristas nas disputas das ideias.
Qual o nosso compromisso central?
Nosso compromisso principal que é o nosso desafio é produzir alimentos, o país precisa produzir alimentos e a reforma agrária é o instrumento fundamental pra isso, então um dos pontos principal foi esse, como é que nós vamos organizar os assentamentos para dar resposta nesse processo na produção de alimentos.
Quais outros desafios importante apontado durante o Encontro da Coordenação Nordeste?
Nós temos outros desafios importante que é a escolarização , o desafio da alfabetização e da formação política.
Quais as projeções?
Vamos seguindo isso, acho que esses são os desafios centrais é importante que a gente mantenha essa tarefa de ir estudando, planejando, analisando o contexto e colocando pra frente os desafios.
Confira algumas fotos:
*Editado por Fernanda Alcântara