Marcha em Alagoas

Marcha com 2 mil Sem Terra chega na manhã de hoje (08) no Centro de Maceió

Reunindo trabalhadores rurais de todo o estado, Marcha saiu de Messias na segunda-feira (07)
Foto: Angelo Amorim

Da Página do MST

Camponeses e camponesas de todas as regiões de Alagoas realizam Marcha em Defesa da Democracia e por Reforma Agrária desde segunda-feira (07). A Marcha organizada pelos movimentos de luta pela terra segue rumo ao centro da capital Maceió na manhã desta terça (08).

Cerca de 2 mil Sem Terra saem nas primeiras horas da manhã da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Campus A. C. Simões e ocupam a principal avenida de Maceió até o Centro da Cidade. A atividade pretende pautar com os governos estadual e federal a necessidade de avanço nas políticas para o campo alagoano.

Foto: Angelo Amorim

“Nossa Marcha quer pautar a urgência e a necessidade da Reforma Agrária para o desenvolvimento de Alagoas”, refletiu Margarida da Silva, da direção nacional do MST. De acordo com a dirigente, a ação dos Sem Terra é mais uma resposta da unidade dos movimentos sociais de luta pela terra de Alagoas ao descaso com o avanço da pauta agrária no estado.

Nós estamos nas ruas por mais uma vez com nossas palavras de ordem, bandeiras e a diversidade das organizações camponesas de Alagoas para defender nosso estado, a geração de emprego e renda no campo a partir da produção de alimentos saudáveis”, comentou Margarida.

Além do MST, participam da mobilização a Comissão Pastoral da Terra (CPT), Frente Nacional de Luta (FNL), Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL), Movimento de Luta pela Terra (MLT) e Movimento Terra Livre. Entre as pautas das organizações, os Movimentos pautam a imediata exoneração do atual superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), César Lira.

Foto: Angelo Amorim

“Seguimos com um superintendente inimigo dos movimentos de luta pela terra e que não apresentou avanços concretos para a Reforma Agrária em Alagoas”, comentou Marcos Marron, da coordenação da FNL.

Além da exoneração do Superintendente, as organizações retomam a pauta da necessidade de destinação das terras da massa falida do Grupo João Lyra para as famílias acampadas na região.
A Marcha segue até o Centro da Cidade onde deve pautar junto aos órgãos públicos as demandas e necessidades das famílias acampadas e assentadas do estado.

*Editado por Fernanda Alcântara