Defesa da Amazônia

MST participa da Marcha dos Povos pela Terra em Belém

Atividade marca o encerramento do Diálogos Amazônico e chama atenção de chefes de Estado
Movimentos indígenas, sociais e sindicais ocuparam as ruas de Belém nesta terça-feira (8) denunciando crimes na Amazônia. Foto: Hannah Letícia

Por Mariana Castro
Da Página do MST

Marcando o encerramento do encontro da sociedade civil ‘Diálogos Amazônicos’, movimentos indígenas, sociais e sindicais ocuparam as ruas de Belém na manhã desta terça-feira (8) denunciando crimes cometidos nos territórios do bioma.

A marcha aconteceu no primeiro dia de atividades da Cúpula da Amazônia, que reúne presidentes e chefes de Estado do Brasil, Bolívia, Colômbia, Guiana, Peru, Venezuela e Equador para debaterem propostas construídas nos Diálogos Amazônicos e o fortalecimento da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). 

Durante a marcha, Divina Lopes, da direção nacional do MST alertou para a crise climática e os impactos de grandes empreendimentos de exploração na Amazônia. “A crise climática que estamos vivendo não é resultado da relação dos povos amazônicos com a floresta, mas sim resultado da ação perversa do capital em nossa região”, explicou Divina. 

Ao lado de diversos movimentos do campo da luta pela terra, o MST pautou a Reforma Agrária com a força de representantes de todos os estados que compõem a regional amazônica do movimento: Pará, Maranhão, Tocantins e Roraima.

Cúpula da Amazônia 

A Marcha dos Povos pela Terra seguiu em direção ao Hangar de Convenções, local sede da Cúpula da Amazônia, onde no mesmo momento Pablo Neri, da direção nacional do MST e representante do Brasil e da Via Campesina participaram da entrega de carta coletiva dos movimentos populares. 

Foto: Vinicius Cabano

“A liberdade da Terra não é assunto de lavrador, a função social da terra, não é assunto de políticos, intelectuais e juristas. A liberdade da terra e a função da terra é assunto de todos quando se alimentam do fruto da terra. Por isso, fazemos coro e exigimos que haja uma OCTA Social para que sigamos debatendo a soberania alimentar em todos os temas que sejam pertinentes a defesa da Amazônia”, destacou Pablo Neri.

*Editado por Solange Engelmann