Políticas públicas

MST passa a integrar Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável no MDA

Composto por 60 conselheiros e conselheiras, Condraf é o espaço responsável pela proposição de políticas públicas para a agricultura familiar e camponesa
Condraf é um órgão colegiado que integra a estrutura do MDA. Foto: Luana Carvalho

Da Página do MST

Na manhã desta quinta-feira (17), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tomou posse no Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf). Juntamente com os 60 conselheiros e conselheiras, Débora Nunes, da coordenação nacional do MST, assume cadeira titular e Gilvan dos Santos como suplente. O espaço é responsável pela ampliação do debate coletivo com a sociedade sobre as políticas públicas para o fortalecimento da agricultura familiar e camponesa.

O Condraf é um órgão colegiado que integra a estrutura do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), com a finalidade de propor diretrizes para a formulação e a implementação de políticas públicas, em articulação entre os diferentes níveis de governo e as organizações da sociedade civil e movimentos sociais, para o desenvolvimento rural sustentável, a Reforma Agrária, a agricultura familiar e camponesa e o abastecimento alimentar. Seu papel fundamental é de tirar novamente o Brasil do mapa da fome.

Débora explica que a posse dos conselheiros e conselheiras no Condraf ocorreu a partir de eleições realizadas no último período, com base em edital lançado pelo MDA e que a expectativa ao retomar o conselho é que este possa ser um espaço de debates e formulações de políticas públicas para os povos do campo, contemplando também os povos das águas e das florestas, “no sentido do fortalecimento desses sujeitos, dos territórios, em especial dentro do contexto de reconstrução do Brasil.”

Débora Nunes e Gilvan dos Santos tomaram posse no Conselho representando o MST. Foto: Luana Carvalho

Ela relembra que no Brasil recentemente passamos por um período de golpe, com o governo de Bolsonaro, em que diversas políticas, programas e instituições, como é o caso da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), foram destruídos ou sucateados. A proposta é de que este também seja um espaço que estimule a participação popular dos camponeses e agricultores familiares.

“Nossa expectativa é que esse instrumento possa se colocar a serviço do fortalecimento da agricultura familiar e Reforma Agrária, fortalecendo a partir da formulação e garantia de políticas públicas que cheguem ao campo. Contribuindo na reconstrução do Brasil com as ações essenciais, a exemplo do enfrentamento à fome, na produção de alimentos saudáveis, no debate ambiental e na busca de alternativas que garanta a melhoria nas condições de vida dos povos do campo, das águas e das florestas”, afirma.

Foto: Luana Carvalho
A deputada estadual do PT?RJ, Marina do MST também esteve na posse do Conselho. Foto: Luana Carvalho

“Nossa expectativa é que esse instrumento, que tem um viés de participação popular, possa se colocar a serviço do fortalecimento da agricultura familiar e Reforma Agrária e contribuir, a partir da formulação e garantia de políticas que cheguem ao campo. Contribuindo na reconstrução do Brasil com a ações essenciais, a exemplo do enfrentamento à fome, na produção de alimentos saudáveis, mas também no debate ambiental e na busca de alternativas que garanta a melhoria nas condições de vida do povo do campo das águas e das florestas”, afirma.

A atividade ocorreu em Brasília, com a presença de representantes de movimentos sociais e organizações da sociedade civil, o ministro do MDA, Paulo Teixeira, o presidente da Conab, Edegar Pretto, além de parlamentares progressistas, que defendem a agricultura familiar e camponesa, a Reforma Agrária e o combate à fome.

*Editado por Gustavo Marinho