Denúncia

A Palestina é uma questão de justiça climática: Exponha o apartheid israelense e o mascaramento verde

Nesta segunda (4), junte-se a nós em um dia de ação nas redes sociais para destacar as campanhas em andamento que irão expor o mascaramento “verde e azul” israelenses, inclusive em cúpulas globais como a COP28
Nablus Palestina Intifada. Foto:AFP

Da Página do MST

Em todo o mundo, grupos de base estão engajados em esforços contínuos de mobilização pelos direitos indígenas à terra e aos recursos, à sustentabilidade, contra a exploração dos agricultores, contra o colonialismo climático e as falsas soluções para combatê-lo.

A Palestina faz parte dessas mobilizações. O apartheid israelense vem limpando etnicamente o povo indígena palestino de suas casas, suas terras, suas aldeias e fazendas há décadas. Empresas israelenses como a Mekorot e a Netafim roubam recursos dos/das palestinos/as e os direcionam para assentamentos coloniais ilegais. Essas mesmas empresas fazem um mascaramento verde de seus crimes, apresentando-se como empresas que fornecem “soluções” sustentáveis em todo o mundo, quando, na realidade, essas falsas soluções permitem a privatização de recursos e exploram as comunidades locais. Outras empresas israelenses, como a Haifa Chemicals e a Adama, contribuem para a destruição causada pelos agrotóxicos.

Em 4 de setembro, junte-se a nós em um dia de ação nas redes sociais para destacar as campanhas em andamento para expor o mascaramento “verde e azul” israelenses, inclusive em cúpulas globais como a COP28.

Junte-se a nós numa frente progressista de movimentos populares unida contra a opressão e, principalmente, contra as tentativas de mascaramento verde da opressão em todos os lugares.

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As chamadas “organizações de caridade”, como o racista e colonial Fundo Nacional Judaico, constroem “parques” sobre aldeias palestinas etnicamente limpas para escondê-las. E empresas como a Siemens e a Chevron lucram com os negócios com gás fóssil que alimentam o apartheid israelense e suas graves violações dos direitos palestinos, por um lado, e a crise climática, por outro.

Empresas como HD Hyundai, PUMA, AXA e Barclays afirmam estar preocupadas com a justiça climática, mas são cúmplices do apartheid contra os palestinos e as palestinas. Cúpulas sobre o clima, como a próxima COP28, servem de plataforma para que essas corporações ajudem a fazer um mascaramento verde de seus crimes e, ao mesmo tempo, silenciem as vozes democráticas dos movimentos populares.

Leia a declaração do BNC sobre a COP28

Essas lutas estão ligadas às lutas populares globais pelos direitos indígenas à terra, pela sustentabilidade e contra a catástrofe climática provocada pela ganância corporativa. Juntos/as, nós nos opomos às estruturas globais do neoliberalismo e do colonialismo e desafiamos a grave desigualdade provocada por essas estruturas em nossas comunidades.

*Editado por Solange Engelmann