Sem Terrinha
Mais de mil crianças participam de Jornada Sem Terrinha no Maranhão
Por Luiza Amanda
Da Redação do MST
Em meio às produções literárias que celebram os 40 anos do MST, atividades de plantio de árvores e momentos de brincadeiras, a Jornada Sem Terrinha, com o lema “Sem Terrinha em luta: viva os 40 anos do MST” também movimenta os assentamentos e acampamentos do Maranhão.
A Jornada é uma oportunidade não apenas de aprendizado, mas também de celebração da história do Movimento. Nesse cenário, as crianças desempenham um papel vital, não apenas resgatando a memória, mas também promovendo a conscientização ambiental e o direito a uma infância no campo, com acesso à educação e diversão.
Na regional Açailândia, no sul do estado, foram realizadas ações nos assentamentos João do Vale e Francisco Romão, em Tocantina, e nos assentamentos Gameleira e Cipó Cortado. Em Itapecuru, ao norte do estado, aconteceram mobilizações na Vila de Fátima, município de Coelho Neto, no Acampamento Maria Aragão, nos assentamentos Balaiada, Palmares, Bom Jesus, Vila Esperança, Cristina Alves e Conceição Rosa de forma unitária, além do Assentamento São Domingos. Já na regional Médio Mearim, os atos da Jornada Sem Terrinha aconteceram na Escola 18 de Julho.
“Todas essas iniciativas estão sendo concretizadas em torno do rumo aos 40 anos do MST e estão relacionadas ao resgate histórico dos assentamentos e acampamentos, contando histórias de lutas e conquistas, de brincadeiras e sarau literário para o Festival Escrevivências Sem Terra”, conta com entusiasmo Lêda Ribeiro, do Setor de Formação do MST no Maranhão.
A Jornada Sem Terrinha é fundamental, pois proporciona educação a crianças sem-terra, conscientiza sobre questões sociais, ambientais e culturais, capacita futuros agentes de mudança, reduz desigualdades, valoriza a educação, preserva tradições e mobiliza para a reforma agrária.
A Sem Terrinha Francismara Lopes, de 11 anos, faz um convite a todas as crianças do Brasil para cuidar da natureza e plantar árvores, ressaltando que as pessoas no Brasil e no mundo não tem mais o hábito de cuidar do meio ambiente.
“Eu queria muito que todos entendessem que cuidar do que é nosso não é uma escolha e muito menos um desperdício de tempo, e sim o nosso dever, pois se queremos uma vida saudável devemos manter a natureza saudável”, afirma a Sem Terrinha.
A Jornada também é uma forma de mobilizar e sensibilizar a sociedade sobre as lutas do MST e as questões ligadas à reforma agrária. Ela envolve atividades como marchas, encontros, oficinas e manifestações, proporcionando visibilidade às reivindicações dos movimentos sociais, incluindo a necessidade de reforma agrária e melhores condições de vida no campo.
*Editado por Maria Silva