Palestina Livre

Em Maricá (RJ), MST realiza Encontro e pede paz para o povo Palestino

Ação faz parte de uma manifestação em repúdio aos atos de violência e genocídio praticados pelo exército israelense
Atividade inaugura o debate na cidade de Maricá. Foto: Jeovana Cássia

Por Iris Rodríguez*
Da Página do MST

Na manhã desta última quarta-feira (26), a Brigada Nacional Joaquin Piñero do MST em Maricá, realizou um encontro com amigos e parceiros políticos no Instituto de Ciência Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM) em um Ato de Solidariedade ao Povo Palestino.

O encontro faz parte de uma manifestação em repúdio aos atos de violência e genocídio praticados pelo exército israelense contra o povo palestino, e que nos últimos dias, tem tirado a vida de 6.546 pessoas, na maioria mulheres e crianças. Além disso, 17.439 pessoas ficaram feridos, de acordo com dados do Ministério de Saúde Gaza, divulgados no relatório de situação número 5 da Agencia das Nações Unidas de Assistência e Trabalho para Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA).

O especialista e autor do livro “A Questão Palestina: guerra, política e relações internacionais”, Marcelo Buzetto esteve presente no Encontro e falou sobre a origem do conflito e a luta de resistência do povo palestino para ter uma pátria livre, soberana e independente. O debate foi mediado também por Raja Jhalil, brasileiro e filho de palestinos deslocados pela ocupação ilegal do território palestino.

Marcelo Buzetto (a esquerda) e Raja Jhalil (a direita) mediaram o debate. Foto: Jeovana Cássia

Sobre o conflito

Desde uma perspectiva histórica e geopolítica, Buzetto desmontou as afirmações das últimas ações realizadas pelo Movimento de Resistência Islâmica de Palestina (Hamas) que lhe colocam como o autor do conflito. De acordo com ele, o que acontece na Palestina ocupada é produto dos movimentos colonizadores no território. A criação de um movimento racista, conservador, judaico e antidemocrático chamado sionismo, apoiado pelo governo britânico desde o século XIX e começos dos século XX.

Segundo Buzetto, os primeiros passos para alcançar uma paz justa e duradoura na palestina é a libertação de pessoas capturadas, “todos nós somos favoráveis que aquelas pessoas que foram capturadas pelo Hamas, voltem em segurança e com saúde para suas famílias. Mas, somos favoráveis que todos os prisioneiros palestinos em cárceres israelense voltem também com saúde para suas famílias”.

Em seguida o Raja Jhalil expressava com emoção: “é a primeira vez que eu estou vendo uma discussão como esta aqui em Maricá. Pela primeira vez nós conseguimos furar a bolha do colonialismo com ações tristes, mas que foram necessárias para que acontecesse isso aqui e no mundo todo”, explicou.

Foto: Jeovana Cássia

O caminho para uma paz justa e duradoura se perpetue é necessário a realização de manifestações de solidariedade internacional. “Nada pode deter a marcha do povo pela sua libertação. Quando um povo se organiza e tem consciência, capacidade de unidade e de coordenação, nada pode deter esse povo”, comentou Buzetto.

*Iris integra a Brigada Nacional Joaquin Piñero do Movimento Sem Terra, que atua na cidade de Maricá, no Rio de Janeiro
**Editado por Wesley Lima