Luta pela terra
Ato em defesa da Reforma Agrária contou com 300 pessoas em Canoinhas (SC)
De Coletivo de comunicação MST (SC)
Por da Página do MST
Neste dia 04 de novembro, representações de 13 sindicatos, assessores parlamentares, movimento de luta por moradia, associação de moradores, comitês populares, INCRA e famílias Sem Terra se reuniram para reafirmar que a violência do Estado contra o povo no campo só acabará quando a Reforma Agrária for efetivada em todo país, e que, justo por isso, é tão importante mais um passo na conquista da construção do assentamento Terra Livre em Canoinhas (SC). Após a atividade encerrar, mais uma vez a polícia militar agiu de forma violenta.
Todos os representantes repudiaram as ações de violência realizadas pela polícia militar nos dias 21 e 23 de outubro contra famílias Sem Terra, respectivamente nos municípios de Canoinhas e Major Vieira. Ressaltou-se ainda que os despejos foram realizados sem ordem judicial.
Iraci de Lara, integrante do MST, reforçou que “a Reforma Agrária é uma conquista dos trabalhadores e está assegurada na Constituição. Cada vez que uma terra é conquistada, é um passo a mais a transformação que buscam todos os Sem Terra, mas também para todos os trabalhadores, pois avançar o nosso projeto é produzir alimento saudável para o povo”.
Rogério Correa, secretário geral da Central Unica dos Trabalhadores (CUT) em Santa Catarina, pontua, “pra nós é importantíssimo estar aqui no assentamento Terra Livre, junto a um grupo que vive uma luta constante pelo direito à terra, que produz alimentos saudáveis, que foi solidário durante a pandemia e também agora durante as enchentes aqui em Santa Catarina. O MST luta pela vida, por isso somos parceiros nessa luta”.
Durante a atividade, árvores nativas foram plantadas, um bosque foi iniciado e mudas foram distribuídas, totalizando 500 árvores, somando ao Plano Nacional Plantar Árvores Produzir Alimentos Saudáveis. Simbolicamente reforçou-se que o futuro precisa ser plantado e cultivado, somente cuidando da natureza poderemos ter um futuro próspero.
Além disso, os presentes se colocaram em solidariedade com o povo Palestina, que vem sendo massacrado, privado do seu direito à vida e à terra.
Apesar da atividade ter sido tranquila, após a mesma terminar a polícia militar atuou mais uma vez de forma violenta, jogando gás de pimenta em mulheres, homens e adolescentes.