Não ao genocídio
Comitê Palestina Livre RS convoca atos em solidariedade ao povo palestino
Por Brasil de Fato RS | Porto Alegre
Dois atos em solidariedade ao povo palestino acontecerão nesta quarta-feira (29) no Rio Grande do Sul. O primeiro será em Pelotas, às 17h: uma marcha que sairá do Chafariz do Calçadão e irá até a praça Palestina. O segundo será em Porto Alegre, às 18h, no Largo Glênio Peres.
Os atos são convocados pelo Comitê Palestina Livre RS, que foi criado na terça-feira da semana passada (21), com o apoio de cerca de 50 entidades sindicais e movimentos sociais, em evento no auditório do Sindicato dos Bancários da capital gaúcha. Na ocasião já foram marcados os eventos de solidariedade deste dia 29.
Nesta data também é comemorado o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, que foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) para lembrar o aniversário da Resolução 181, da Assembleia Geral das Nações Unidas. Em 29 de novembro de 1947, a ONU aprovou, sem consulta aos habitantes locais, o Plano de Partição da Palestina.
O presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL), Ualid Rabah, compartilhou a ideia de que o comitê deve ser uma plataforma para unir diversas entidades e movimentos em prol de uma causa humanitária, justa e necessária. Ele destacou a importância de buscar consenso entre os integrantes.
Na convocação para os atos ele lembrou que “em 50 dias de ataques à Palestina, quase 13 mil vidas foram perdidas, com 4.500 ou mais desaparecidos. Entre as vítimas, cerca de 6 mil eram crianças e 3 mil mulheres. Esses números ultrapassam os trágicos eventos da limpeza étnica na Palestina na década de 40, que resultou na perda de cerca de 15 mil vidas”.
Rabah destaca que presidentes de diversos países, membros da ONU e o próprio secretário-geral da entidade, António Guterres, já declararam que o que está ocorrendo na Palestina é um genocídio. “Não se pode ficar em silêncio”, defende.
O Hamas libertou neste domingo (26) 17 reféns que estavam sob sua custódia. Desses, 13 são israelenses, três são tailandeses e um é russo. Israel, por sua vez, libertou 39 prisioneiros palestinos. As solturas fazem parte do acordo de cessar-fogo do conflito na Palestina.
Edição: Marcelo Ferreira