Cessar-fogo Já!

Mulheres do MST denunciam genocídio em protesto na Embaixada de Israel em Brasília

Neste 8 de março, o MST no Distrito Federal e Entorno divulga nota sobre protesto contra o Estado de Israel e solidariedade ao povo palestino
Foto: André Gouveia

Da Página do MST

As Mulheres Sem Terra do Distrito Federal e Entorno vêm, por meio desta nota, denunciar a prática genocida que o Estado de Israel impõe sobre o povo palestino e se solidarizar com todas as vítimas do sionismo. Na manhã desta sexta-feira (8), nós, trezentas Mulheres Sem Terra, realizamos um protesto em frente à Embaixada daquele país, em Brasília, para denunciar esta política perversa e exigir um cessar-fogo imediato. 

A ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Sem Terra. No DF e Entorno, a Jornada teve início nesta quinta-feira (7), com um momento de estudo e debate entre as Mulheres Sem Terra. Ainda nesta sexta-feira (8), faremos um ato na Superintendência Regional do INCRA, em Brasília. 

Desde o dia 7 de outubro do último ano, o exército israelense já assassinou mais de 30 mil palestinos, sendo mais de 13 mil crianças e quase 9 mil mulheres.

Cerca de 60 mil mulheres grávidas estão em risco, pois Israel, além de bombardear hospitais (já são 32 hospitais e 53 centros médicos destruídos), impede a entrada de itens médicos e remédios básicos. Ademais, já são 7 mil desaparecidos, dos quais, 70% são de mulheres e crianças. 

Nesta Jornada das Mulheres Sem Terra, nos solidarizamos com o povo palestino porque entendemos que estamos unidos na luta pela terra. Nossas famílias, posseiros, agricultores pobres, trabalhadores rurais, foram expulsos do campo para expansão do agronegócio. Nossa dignidade deu lugar aos milhões de hectares de soja, milho, algodão e eucalipto. Voltar para a terra, produzir alimentos saudáveis e combater a violência e demais injustiças sociais é a nossa principal luta. 

Do mesmo modo, segue a luta e a resistência do povo palestino. O Estado de Israel é responsável por gerar mais de dois milhões de sem-terra palestinos, expulsos de suas casas, suas terras, separados de suas famílias. A luta em defesa de seus territórios e de seus corpos é o que move a histórica resistência palestina. Como afirma o lema de nossa Jornada este ano: ‘Lutaremos! Por nossos corpos e territórios, nenhuma a menos!”. 

Nossa luta por Reforma Agrária Popular passa, necessariamente, pelo exercício da solidariedade como um valor. Por isso, já doamos 13 toneladas de alimentos para o povo palestino. E seguiremos doando mais. Afinal, a terra não é para gerar lucro, mas para alimentar aqueles que tem fome. 

Seguiremos mobilizadas, em luta e solidariedade ao povo palestino. Marcharemos até que a Reforma Agrária seja realidade no Brasil!

Cessar-fogo já!

Viva o povo palestino! Viva a resistência popular!

Palestina livre!

Mulheres em luta! Nenhuma a menos!

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Distrito Federal e Entorno – MST