Roraima

Mulheres Sem Terra em Roraima se mobilizam em Jornada Nacional de Lutas

Coletivo de mulheres se organiza no estado, com ações pautas no lema “Lutaremos! Por nossos corpos e territórios, nenhuma a menos a menos!”
Foto: MST RR

Por Maria Silva
Da Página do MST

O coletivo de mulheres do MST em Roraima vem se organizando para a mobilização da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres desde o último dia 22 de fevereiro, quando se reuniram na secretaria estadual do MST, em Boa Vista, para organizar as mobilizações de março, que ocorrem de 6 a 8 de março em todo país.

A reunião foi realizada para discutir a organização e os rumos da Jornada, que tem seu principal data de lutas este 8 de Março – Dia Internacional de Luta das Mulheres – em virtude das mobilizações nacionais convocadas sob o lema:“Lutaremos! Por nossos corpos e territórios, nenhuma a menos a menos!”

Na ocasião, as mulheres realizaram um amplo debate sobre as atividades a serem realizadas e o caráter dessas ações, como: formação, articulação e mobilização. Considerando as denúncias das violências do modelo do capital expressado no campo pelo agro-hidro-minério negócio, das violências contra as mulheres, além da paralisação da Reforma Agrária.

Fotos: MST RR

A partir do debate, foi definido a realização de uma formação das mulheres sobre os tipos de violência provocadas pelo agro-hidro-minério negócio, e a violência contra as mulheres de forma geral, bem como reflexão sobre como todas essas questões afetam a vida das mulheres no campo e também na cidade.

Durante o encontro, houve também uma oficina prática de cuidados e produção de fitocosméticos, nas perspectivas de geração de trabalho e renda, e com objetivo de discutir a educação em saúde popular.

As mulheres pautaram ainda a necessidade de reunirem-se uma vez por mês, para realizar debates, formação e para que tenham espaço para o diálogo e fortalecimento da luta das mulheres, voltadas ao enfrentamento às diversas violências às quais estão sujeitas.

As atividades integraram o calendário prévio de mobilizações massivas que ocorre neste 8 de março, em que movimentos sociais populares e feministas se unificam para denunciar as violências cotidianas contra as mulheres, seja no campo ou na cidade.

*Editado por Solange Engelmann