Privatização da Àgua

No Dia Mundial da Água, MST participa de Ato contra a privatização da Sabesp

Movimentos, organizações e partidos de esquerda denunciam as manobras legislativas que facilitam a privatização
Manifestação marca o Dia Mundial da Água em São Paulo. Foto: Guilherme Gandolfi (@guifrodu) / CUT-SP

Da Página do MST*

O Movimento Sem Terra participou na manhã desta sexta-feira (22/3), Dia Mundial da Água, de um ato em frente a Câmara Municipal de São Paulo, onde aliados do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), tem proposto mudanças legislativas que facilitam a privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), maior estatal de água e esgoto da América latina.

O Movimento participou do ato junto a outros movimentos sociais, como o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a representação de diversos mandatos progressistas do PT, PSOL e PCdoB. 

David Zamory é dirigente estadual do MST em São Paulo. Foto: Guilherme Gandolfi (@guifrodu) / CUT-SP

Durante a manifestação, o MST defendeu a Reforma Agrária Popular como uma maneira de ampliar a preservação das fontes de água doce em São Paulo. “Além disso, em um momento em que a crise ambiental mostra a necessidade de se manter a soberania nacional e popular sobre os bens comuns da natureza, a privatização da Sabesp vai na contramão disso, ameaçando o abastecimento de água para milhões de pessoas, especialmente aos trabalhadores pobres das periferias das grandes cidades”, afirmou David Zamory, dirigente do MST em São Paulo. 

Um estudo da organização Oxfam aponta que a privatização de empresas públicas está entre as principais causas do aumento da desigualdade social. A venda faz com que empresários fiquem cada vez mais ricos, enquanto lucram prestando serviços mais caros à população cada vez mais pobre.

Foto: Guilherme Gandolfi (@guifrodu) / CUT-SP

A Sabesp atualmente atende 375 dos 645 municípios de São Paulo. Em 8 de fevereiro, o governo estadual divulgou o calendário das audiências públicas que contou com apenas oito reuniões em sete cidades, ignorando a participação dos outros municípios atendidos.

*Com informações da Central Única dos Trabalhadores (CUT)

**Editado por João Carlos