Educação RS

CPERS e MST apresentam demandas da Educação do Campo à Secretaria da Educação

Entre os problemas listados, há demandas individuais e conjuntas das instituições, que envolvem principalmente infraestrutura, transporte, condições das estradas e formação pedagógica de docentes
Fotos: Joana Berwanger/CPERS

Do CPERS

O CPERS, representado pelo 1º vice-presidente, Alex Saratt, participou de uma reunião, na tarde da última quarta-feira (27), ao lado de dirigentes da Coordenação do Setor de Educação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST/RS), com a Secretaria da Educação (Seduc), para tratar das demandas referentes à Educação do Campo e às escolas estaduais presentes nas áreas de assentamento no estado do Rio Grande do Sul. 

Os representantes do movimento, Clarisse Telles, Munir Lauer e Elaine da Rosa, apresentaram novas e antigas demandas em relação às condições das escolas localizadas nas áreas de reforma agrária para a secretária adjunta de Educação do Estado, Stefanie Eskereski, que estava acompanhada de outros representantes da Secretaria.

Entre os problemas listados, há demandas individuais e conjuntas das instituições, que envolvem principalmente infraestrutura, transporte, condições das estradas e a formação pedagógica de docentes.

“Essa reunião mostra que o que nós estamos pautando é, de fato, não só uma demanda do MST, mas uma dívida que a Seduc e o governo do Estado têm com a questão da reforma agrária e com a educação no campo”, elucida Alex. 

Um documento listando 14 escolas foi entregue aos representantes da Seduc. Essas instituições estão presentes em 15 assentamentos, em dez cidades gaúchas diferentes e se encontram em situações delicadas, com prédios em condições precárias, por exemplo, necessitando urgentemente de reformas e reparos. Para se ter ideia, há imóveis que estão em funcionamento há mais de 30 anos e, há dez anos, aguardam melhorias. 

Além de apresentar os problemas referentes às instituições, os dirigentes do MST também trouxeram a necessidade da ativação real do Comitê Estadual de Educação do Campo, reinstalado em 2023 pelo governo estadual. Apesar de ter sido reaberto, o Comitê ainda não deu início às discussões. De acordo com a secretária adjunta, Stefanie Eskereski, a expectativa é que a primeira reunião desse Comitê seja realizada ainda na primeira quinzena de abril.

A proposta é que o grupo, formado por membros indicados por organizações da sociedade civil, construam um plano de trabalho para a Educação do Campo, com um currículo específico para essas escolas, abordando especificidades e diretrizes que envolvem essa modalidade.

“Saímos daqui com a expectativa que o que foi tratado realmente se realize. Seguiremos acompanhando e, em breve, esperamos que a instalação do Comitê Estadual de Educação do Campo seja a sinalização e o fato concreto para que as condições da educação no campo mudem, garantindo escolas de qualidade, com transporte e professores”, finaliza Alex.

Em outubro de 2023, o CPERS já havia se reunido com a Coordenação do Setor de Educação do MST, justamente para tratar das demandas da Educação do Campo. O Sindicato entende a importância dessas instituições nas áreas de assentamento e, por isso, se comprometeu em levar essas demandas à Seduc e pressionar o órgão por melhorias nas instituições. 

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