Jornada de Lutas

No 3º dia Sem Terra seguem em marcha por Reforma Agrária Popular, na BA

Cerca de 3 mil trabalhadores/as seguem caminhando de Feira de Santana até Salvador, em um percurso de mais de 110km
Foto: Greiciane Souza

Por Vitória Bruno/Coletivo de Comunicação do MST-BA
Da Página do MST

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), iniciou na manhã da terça-feira (09), a Marcha Estadual pela Reforma Agrária, em mais um ato que marca a Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, que esse ano tem como lema “Ocupar, para o Brasil alimentar!”.

A Marcha Estadual pela Reforma Agrária visa reivindicar os direitos negados para muitos trabalhadores/as no país, que vivem em uma realidade totalmente distinta da classe burguesa. Pois é um povo que luta diariamente pela sua emancipação enquanto sujeito da classe trabalhadora, para garantir um futuro melhor para a nação e para os seus filhos.

O trabalhador Sem Terra e marchante, Cássio Santana explicita a importância da marcha e aponta que além de ser um espaço para reivindicar as pautas da luta pela Reforma Agrária é uma forma de organização e formação do povo Sem Terra. “É um processo de fé e de esperança de que a Reforma Agrária irá acontecer e que os assentamentos vão se desenvolver, e que as famílias vão receber os créditos necessários para produzir. A marcha é um dos simbolismos mais bonitos que o MST tem, onde os companheiros/as de todas as áreas, regiões e brigadas se unem em uma mesma pauta, a Reforma Agrária Popular”.

Foto: Greiciane Souza

A Reforma Agrária Popular tem como objetivo a democratização das terras construindo um novo modelo de produção, que priorize a vida e a natureza por meio de alimentos saudáveis. 

A companheira Leinha do MST afirma que a marcha é muito importante para que os trabalhadores/as do Movimento cobrem seus direitos. “Porque se cruzarmos os braços e permanecer dentro de casa esperando as coisas acontecer nada vai avançar. Então, é com essa marcha que a gente mostra as necessidades do povo, dos projetos e aprendizados. Porque conquistamos a terra, porém, não conseguimos avançar na produção de plantações por falta de recursos e essa pauta precisa ser ouvida pelo governo”.

Foto: Greiciane Souza

O MST continuará lutando por um país justo, igualitário, em que todos/as tenham a oportunidade de ter uma vida digna, plantar e colher garantindo a sobrevivência no campo.

A marcha tem previsão de chegar à capital baiana no dia próximo dia 16, e conta com a participação de trabalhadores/as acampados e assentados de toda a Bahia. Durante o percurso, os Sem Terra também realizam e participam de espaços de diálogo com as populações das cidades sobre a necessidade e a importância da Reforma Agrária do país.

*Editado por Solange Engelmann