Encontro Intersetorial

Encontro em PE discute desafios organizativos do MST para o 7° Congresso

Atividade também debate os desafios em relação à massificação da agroecologia no estado, envolvendo os diversos setores do Movimento
Foto: Comunicação MST-PE

Por Francisco Terto
Da Página do MST

Entre os dias 23 e 26 de maio, o MST realiza seu Encontro Intersetorial no Pernambuco, no Centro Formação Paulo Freire, localizado no assentamento Normandia em Caruaru. A atividade conta com a participação de 100 trabalhadores/as Sem Terra e discute os desafios organizativos do Movimento rumo ao 7º Congresso Nacional, com previsão de acontecer em julho de 2025. 

Também integram as discussões os desafios para superar as diversas violências, transformando as relações humanas nas áreas de assentamentos e acampamentos do MST, e projetando junto à sociedade a necessidade de superação do capital.

Em relação à perspectiva do encontro, André Soares, do setor de produção em PE, enfatiza que o objetivo é planejar as ações do presente e as lutas do futuro. “A ideia é oxigenar a organização, na formação e prática militante com tarefas concretas para atender os desafios do tempo presente e para o próximo período, de forma unificada entre os setores”.

Nesse sentido, quanto ao planejamento intersetorial deste ano, as prioridades e linhas de ações são pensadas em quatro frentes, que definem a estratégia das famílias Sem Terra no estado: a) contribuir para a retomada das lutas de massas junto à classe trabalhadora e ao Movimento, ocupando terras devolutos e organizando acampamentos e assentamentos para alterar a correlação de forças; b) avançar na trincheira institucional com o intuito de fortalecer a luta pela reforma agrária, a partir das eleições municipais; c) aprofundar o debate do Programa Agrário com a sociedade, discutindo a proposta do MST para a agricultura e a Reforma Agrária Popular e c) Avançar na massificação da agroecologia, com o plantio de árvores, assentamentos produtivamente autônomos, acampamentos pedagógicos, e o fomento da arte e cultura na construção coletiva e humanização.

Adriana Pereira, do setor de educação da Regional Mata Sul, destaca a importância dos debates sobre a organicidade de forma coletiva entre os setores do MST no estado. “É importante ter um olhar diferente para a nossa base, fortalecer nossas áreas e ir ampliando o processo participativo das famílias, seja no debate da produção, educação, cultura, do programa agrário, rumo ao 7° Congresso do MST.”

Os trabalhadores/as do MST em PE enfatizam que o momento é de mudanças na luta de classes no campo, diante disso, se colocam em luta sem abrir mão dos princípios e valores do Movimento na construção de um nova sociedade, a partir dos territórios de Reforma Agrária Popular.

*Editado por João Carlos e Solange Engelmann