Venezuela

Movimentos populares em todo o mundo lançam campanha em solidariedade à Venezuela

Movimentos denunciam que o imperialismo estadunidense tenta desestabilizar a democracia e a soberania popular da Venezuela através de distintos ataques e operações
Movimentos populares em todo o mundo lançam campanha em solidariedade à Venezuela. Foto: Zoe Alexandra

Por ARGMedios

Neste 9 de agosto, a Alba Movimentos, uma plataforma de movimentos sociais e políticos de toda América e Caribe, a Assembleia Internacional dos Povos, o Instituto Simón Bolívar e a Assembleia dos Povos do Caribe, lançaram uma campanha intitulada “Pela democracia e soberania: EUA fora da Venezuela”. 

A campanha é lançada após as eleições presidenciais da Venezuela, que ocorreu no último dia 28 de julho, a qual foi seguida por uma onda de ataques coordenados por atores políticos da extrema direita, pelos principais meios hegemônicos de comunicação, além dos Estados Unidos e seus aliados. 

O documento lançado destaca que “os meios de comunicação hegemônicos, com estratégias políticas e diplomáticas, buscam instalar uma ideia de ilegitimidade do recente processo eleitoral venezuelano”, como parte de uma guerra híbrida conduzida pelos Estados Unidos e outros governos aliados do imperialismo. 

Por outro lado, no mesmo texto aponta-se que “buscam desarmar fake news e falsidades que se tentam colocar como consensos, e com isso, dar ferramentas aos povos e organizações revolucionárias para a batalha comunicacional e de ideias na Venezuela: inclusive os supostos elementos técnicos-eleitorais que tem sido utilizado como atrativo para enganar, inclusive, setores progressistas”.

Por sua vez, denunciam “as mais de 930 medidas coercitivas unilaterais e a onda de violência e perseguição que desatou a oposição golpista, que busca conquistar pela força o que não pôde nas urnas, enquanto constrói novos mundos de fantasia com presidentes autoproclamados nas redes sociais”. 

Os movimentos sociais que formam parte da campanha, manifestam que é impossível compreender a Venezuela sim posicioná-la dentro do contexto geopolítico regional e global: seu lugar privilegiados na produção mundial de petróleo, seus bens comuns postos a serviço do povo, o lugar que ocupa no mundo multipolar, junto a outros países emergentes, e, claro, sua liderança frente a um projeto de união e integração regional na América Latina e no Caribe.  

A expectativa é que nos próximos dias ocorram concentrações e manifestações em frente às Embaixadas dos Estados Unidos em várias cidades do mundo, com objetivo de explicitar a cumplicidade de Washington com a oposição de extrema direita venezuelana.