Comunicação

Escola Estadual de Comunicação do MST no TO: Semeando Comunicação Popular nos territórios

Objetivo da atividade, que acontece em Palmas, é fortalecer a comunicação popular e construir uma narrativa dos comunicadores Sem Terra
Foto: Jorge Ruberto

Por Vicente Santos
Da Página do MST

Neste sábado (26), a Escola Estadual de Comunicação do MST deu início a sua jornada em Palmas, no Tocantins, sob o tema “Semeando Comunicação Popular nos Territórios”. Entre os dias 25 e 27 de outubro, representantes de nove territórios de resistência, acampamentos e assentamentos do MST se reunirem com o objetivo de fortalecer a comunicação popular e compartilhar conhecimentos, construindo a narrativa dos Comunicadores Sem Terra.

Na sexta-feira (25), o dia começou com reflexões sobre a importância da comunicação na luta pela Reforma Agrária. As discussões ressaltaram como a voz de cada comunicador é um eco das lutas anteriores, simbolizando a resistência e a esperança cultivada em seus territórios. Em que a comunicação popular é entendida como uma ferramenta fundamental para iluminar o caminho, dar visibilidade e denunciar as questões que afetam o povo Sem terra.

Na parte da tarde, com uma programação híbrida, incluindo espaços virtual e presencial, foi realizada uma oficina prática de fotografia, em que os participantes puderam explorar o papel da imagem como guardiã da memória coletiva do MST. A fotografia foi destacada como uma arma viva que não apenas registra momentos, mas também captura a essência e a esperança dos territórios que lutam por reconhecimento e direitos. Cada clique se torna uma denúncia das ameaças que pesam sobre a terra e, ao mesmo tempo, um retrato da vida que resiste e floresce em meio a diversos desafios: o fogo, o agronegócio, o veneno, a pistolagem.

Fotos: Jorge Ruberto

Os participantes se dedicaram a captar imagens que transmitissem a força e a simbologia do Movimento, focando em registrar não apenas os rostos, mas também o carinho e o respeito que esses retratos carregam. As fotos resultantes da oficina são descritas como “sementes de resistência”, prontas para ecoar a luta do MST.

Essa formação não se limita a aspectos técnicos, mas é uma celebração da identidade coletiva e um compromisso com a memória que vive e resiste. Em cada palavra e cada imagem, os participantes semeiam um amanhã mais justo e humano, reafirmando a importância de documentar as histórias daqueles que sonham, lutam e trabalham pela Reforma Agrária Popular.

*Editado por Solange Engelmann