Solidariedade Sem Terra
Oficina sobre Meliponicultura no Pontal do Paranapanema (SP)
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Por Coletivo de Comunicação do MST do Pontal do Paranapanema
Da Página do MST
No último final de semana, entre os dias 15, 16 e 17, aconteceu uma oficina com o tema “Criação de abelhas nativas sem ferrão”. A atividade foi realizada na sede da Associação de Produtores do Assentamento Rodeio (APAR), localizada no Assentamento Rodeio, município de Presidente Bernardes/SP, e contou com participação de 10 famílias assentadas do Assentamento Rodeio e o do Assentamento Água Limpa, também no mesmo município.
Promovida pela articulação entre o Coletivo Saruê de Agroecologia, do projeto Quintal Agroecológico, vinculado ao Coletivo CEETAS de Pesquisadores (Centro de Estudos em Educação, Trabalho, Ambiente e Saúde), Núcleo de Estudos em Agroecologia do Pontal do Paranapanema (NEAPO) e setor de produção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a atividade foi dividida em três parte.
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A primeira contou com uma roda de conversa sobre a história da luta pela terra no Pontal do Paranapanema e a realidade das famílias no que envolve o tema da produção de alimentos e desenvolvimento nos lotes. A segunda parte foi uma socialização teórica sobre o trabalho com meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão). E a terceira parte, que caráter prático, foi composta pela montagem e instalação de iscas artificiais para captura de abelhas.
De acordo com Guilherme, representante do Coletivo Saruê de Agroecologia, “é importantíssimo a existência dessa reserva próximo ao Assentamento Rodeio. Pois é um ativo muito importante para a criação de abelhas. Visto que elas podem ter uma diversidade de árvores e de floradas. Isso dará mais resiliência para o plantel de criação. Pra gente, entendemos que a criação de abelhas no Ass. Rodeio tem esse potencial favorecido pela presença justamente dessa mata. Então, a gente aproveita para capturar as abelhas e as abelhas dos lotes aproveitam da mata para buscar alimento.“
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A ação faz parte das estratégias de organização produtiva do MST, já que a meliponicultura é uma cadeia produtiva pouco explorada na regional, mas que detém um forte potencial para pensar a produção de alimentos com a conservação dos bens comuns da natureza. Portanto, alia a diversidade produtiva para o desenvolvimento social das famílias com o cuidado com a natureza. “A oficina teve uma palestra de ensinar e incentivar a fazer a captura e a transferência de enxames novos de abelhas, coletando elas sem degradar o ambiente. Eu vim conhecer o pessoal e gostei bastante do trabalho que eles estão desenvolvendo. E o incentivo que dão aos produtores, junto com os meninos do MST e da associação, tanto na parte teórica como na prática, ajuda a gente pensar em praticar isso aqui lá no lote.” Relata Matheus Marques, assentado no Assentamento Água Limpa.
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*Editado por Leonardo Correia.