Solidariedade

Pelo Mãos Solidárias, MST doa 2 mil kg de alimentos em João Pessoa na Semana Camponesa

Os alimentos agroecológicos foram doados em algumas comunidades da capital paraibana

Alimentos distribuídos foram produzidos por famílias assentadas e acampadas do litoral da Paraíba. Foto: MST/PB.

Por Carla Batista
Da Página do MST

Como parte das ações da Semana Camponesa e da luta por Reforma Agrária Popular, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizou mais uma importante iniciativa de solidariedade entre o campo e a cidade. Por meio da frente urbana Mãos Solidárias Paraíba, foram doados 2 mil Kg de alimentos agroecológicos em comunidades dos bairros Castelo Branco e José Américo, em João Pessoa (PB).

Os alimentos distribuídos foram produzidos por famílias assentadas e acampadas do litoral da Paraíba, que resistem, cultivam e alimentam o povo mesmo diante da ausência de políticas públicas e da precariedade imposta a quem vive debaixo da lona preta.

Cerca de 2 mil quilos de alimentos agroecológicos foram doados à pessoas de comunidades em João Pessoa. Foto: MST/PB.

A ação reafirma o compromisso do MST com a soberania alimentar e a justiça social, demonstrando que a Reforma Agrária é também uma pauta urbana. O projeto Mãos Solidárias é uma expressão dessa ponte entre os territórios camponeses e as comunidades da cidade, com objetivo de promover a vida digna para quem planta e para quem se alimenta.

As doações são parte da Semana Camponesa, que mobilizou 25 estados em diferentes ações de ocupação, audiências públicas, manifestações e debates.

Enquanto o MST segue ocupando a sede do Incra, na Paraíba, exigindo Terra, Crédito, Moradia e Políticas públicas para mais de 3 mil famílias acampadas no estado, permanece também afirmando: a luta pela Reforma Agrária é uma luta por um Brasil inteiro mais justo.

“Mãos Solidárias” é uma iniciativa do MST para estabelecer conexão entre o campo e a cidade. Foto: MST/PB.
Alimentos agroecológicos levam dignidade a camponeses produtores e às famílias na cidade. Foto: MST/PB.

Semana Camponesa

Anualmente, os/as trabalhadores/as Sem Terra realizam atividades em torno da data do 25 de julho, data de celebração do dia da Trabalhadora e do Trabalhador Rural. Neste ano, a mobilização tem como foco a pressão ao Governo Lula para o avanço da pauta da Reforma Agrária que, após quase três anos, segue paralisada – especialmente na desapropriação de terra para novos assentamentos.

Além das mobilizações nos estados, o Movimento reuniu uma comissão de dirigentes para negociar as pautas apresentadas nacionalmente, em diálogo com autoridades da gestão federal, em Brasília (DF).

A data também relembra o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, em homenagem à luta e resistência das mulheres negras nessas regiões. Além disso, a data ainda demarca a celebração da vida de Tereza de Benguela, líder quilombola, negra e revolucionária que lutou contra as opressões de seu povo.

Saiba mais: Semana Camponesa do MST leva a pauta da Reforma Agrária na centralidade da Soberania Nacional

*Editado por Pamela Oliveira.