Agroecologia

MST no Paraná plantou mais de duas mil árvores durante o mês de setembro

Mobilizadas pelo Dia da Árvore, as ações ocorreram em escolas e comunidades de várias regiões do estado, fortalecendo o Plano Nacional e o compromisso com a natureza

Crianças plantam Oliveira em atividade do dia da árvore em Cascavel. Foto: MST no Paraná

Do setor de comunicação do MST no estado do Paraná
Da Página do MST

Em comemoração ao Dia da Árvore (21/09) e como parte do Plano Nacional “Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis”, em setembro, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Paraná realizou o plantio de mais de duas mil mudas de árvores nativas em diversas regiões do estado. O plantio foi acompanhado de diversas atividades, que envolveram principalmente escolas itinerantes, municipais e estaduais, com ações pedagógicas e de reflexão com as crianças assentadas e acampadas, e toda a comunidade.

A ação faz parte do plano nacional do Movimento, que prevê plantio de 100 milhões de árvores em todos os biomas brasileiros durante uma década, a partir de 2020. “O Paraná, composto majoritariamente pelo bioma da Mata Atlântica, estipulou o plantio de 10 milhões de árvores para esse período”, explica João Flávio Borba, um dos militantes responsáveis pela ação de reflorestamento no estado.

Escolas do campo comprometidas com a Mãe Terra

Para contribuir com o plano nacional e com o compromisso estadual, as atividades de plantio no Paraná tiveram como destaque o envolvimento das escolas do campo. Em assentamentos e acampamentos, as escolas se comprometeram e fizeram da ação de reflorestar um ato de educação e aprendizado.

“A gente entende que o plano nacional é um compromisso do Movimento com o reflorestamento, mas é também uma ação de conscientização e de cuidado com o futuro”, reflete Cassiano Rodrigo Kappes, do setor de educação do Movimento no Paraná. “Por isso é tão importante para nós que o plano tenha relação com as escolas”, conclui.

Em Londrina, para dar conta desse compromisso, as escolas do assentamento Eli Vive construíram um grande ato comunitário que plantou mais de cem mudas e envolveu também os parceiros da cidade. A comunidade recebeu alunos da Universidade Estadual de Londrina (UEL) que, junto com os educandos, professores e assentados, passaram por uma manhã de diálogo sobre a importância de ações como essa.

Debate coletivo sobre o filme “O Veneno está na mesa”, na escola Herdeiros da Luta de Porecatu. Foto: MST no Paraná

Em Porecatu, além do plantio, a Escola Itinerante Herdeiros da Luta de Porecatu exibiu o documentário “O Veneno Está na Mesa”, que discute o perigo dos agrotóxicos. Já em Cascavel, além do plantio de mudas e sementes nativas, a Escola Valmir Mota realizou o plantio de uma muda de oliveira, símbolo da Palestina, e aproveitou a oportunidade para realizar uma atividade educativa e de reflexão sobre a situação do povo palestino.

Viveiros e mutirões como parte do trabalho

Para além das ações nas escolas, muitas comunidades do Paraná também encontraram caminhos para participar da jornada do mês de setembro. “Em Cruzeiro do Sul, as famílias do pré-assentamento Padre Josimo plantaram 300 árvores, enquanto no assentamento Companheira Roseli Nunes, em Amaporã, foram plantadas 70 mudas”, conta João Flávio.

Ele também destacou o primeiro encontro de viveiristas e coletores de sementes, realizado em 20 de setembro, de forma online, com abrangência nacional e como parte das atividades do período. “O encontro foi um passo importante para fortalecer a produção e o compartilhamento de sementes e mudas em todo o estado”, completou.

Pelo balanço geral, somando escolas, comunidades e ações de mutirão, o estado atingiu a marca de mais de duas mil mudas de árvores plantadas durante o mês. “Para nós, foi importante ver todas as regiões do estado representadas com plantios, pois sabemos que é da cultura camponesa o plantio de árvores e o cuidado com o meio ambiente”, disse João.

As ações de plantio e de educação ambiental realizadas nas escolas Valmir Motta (Cascavel), Egídio Brunetto (Londrina), Herdeiros da Luta de Porecatu (Porecatu) e Caminho do Saber (Ortigueira) fazem parte do projeto Educação em Agroecologia, uma parceria do MST com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI), órgão do Ministério da Educação (MEC). O projeto tem apoio do Instituto Federal do Paraná (IF-PR) e acontece em 6 comunidades do estado.

*Editado por Fernanda Alcântara