MST participa da greve dos petroleiros no Paraná
Por Riquieli Capitani
Da Página do MST
Na luta contra a privatização da Petrobrás, em defesa da vida e da soberania nacional, o MST participa da greve dos petroleiros que acontece na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) e na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen), no município de Araucária, Paraná, desde o último domingo (1).
Os 200 trabalhadores e trabalhadoras vindos das áreas de Reforma Agrária do movimento no estado paranaense estão acampados junto aos petroleiros, petroquímicos, e membro da Central Única dos Trabalhadores (CUT) na principal estrada de acesso à Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR) e à Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (FAFEN), próximo à Rodovia do Xisto.
“Fizemos uma análise no momento que estamos vivendo no Brasil, a crise na Petrobrás, e entendemos que é nesses momentos que empresas privadas e grupos políticos aproveitam para retirar direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, e inclusive se usam disso para tentar privatizar um patrimônio do povo brasileiro”, afirma Joabe Mendes de Oliveira, da direção do MST no Paraná.
Para ele, “é justamente por entendermos que a Petrobrás é nossa, é também do povo Sem Terra, que nós estamos aqui para defender a Petrobrás. Estar junto ao petroleiros e petroquímicos é nossa tarefa.”
Acampada há 13 anos em Ortigueira, Acampamento Che Guevara, Valdete da Rosa comenta que a união da luta entre petroleiros, petroquímicos e Sem Terra é fundamental para garantir que a Petrobrás não seja privatizada.
“Largamos tudo lá no nosso acampamento, casa, plantações, colheitas, porque entendemos que é nossa responsabilidade garantir do nosso futuro e dos nossos filhos. Com a produção que a Petrobrás têm for mantida no nosso país vamos poder melhorar nossa educação, saúde e também teremos mais investimentos na agricultura familiar, é por isso que estamos aqui.”
Segundo Regina Duarte, presidenta da CUT no Paraná, “o MST está dando mais um exemplo de como é viver em sociedade. O Movimento pensa a vida no campo e na cidade, e sabe que a privatização da Petrobrás pode afetar a vida deles em seus assentamentos e acampamentos”.
Na manhã da última quinta-feira (5), os trabalhadores que estão mobilizados fizeram uma marcha seguido de ação de denuncia em frente a Fafen.
O ato teve o objetivo de denunciar o assédio por parte das empresas aos trabalhadores para que não apoiem a greve, mantendo-os na produção durante a greve com sobrecarga de trabalho e sem brigada de segurança, aquilo que os sindicatos estão denominando “cárcere privado”.