Mulheres do MST ocupam os trilhos da Vale no Maranhão

Ação denuncia os impactos da Vale na região que vai desde a ameaça de territórios conquistados, até o aumento da violência, dos conflitos trabalhistas e fundiários, do número de acidentes e restrição do direito de ir e vir.

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Da Página do MST
Por Reynaldo Costa

Na madrugada desta segunda-feira (7), cerca de 300 mulheres Sem Terra do Maranhão ocuparam os trilhos da Estrada de Ferro Carajás administrada e usada pela Mineradora Vale. As Mulheres Sem Terra denunciam os impactos provocados pela atuação da Mineradora na Região. 

Com a manifestação os trens de que transportam minério, desde a mina de Carajás em Parauapebas Pará à São Luís no Maranhão, estão parados.

“As mulheres Sem Terra da Região Amazônica se somam à jornada de luta nacional, denunciando a forma de atuação destrutiva da empresa Vale ao longo dos 25 municípios atravessados pelo corredor Carajás, também conhecido como Corredor da Morte”, afirmam Sem Terra em manifesto.

Além das denúncias, a atividade também reivindica ações específicas para amenizar o impacto da Vale no assentamento Diamante Negro Jutaí e outras comunidades do entorno, também afetadas pelas ações da mineradora.

Os impactos provocados pela Vale no Maranhão e Pará, por onde percorre os trilhos da Estrada de Ferro Carajás, são enormes e são dos mais variados possíveis. Entre os mais comuns estão atropelamentos de pessoas devido a falta de segurança na estrada de ferroa. A mineradora ainda vem causando grandes impactos ambientais e sociais com a duplicação da ferrovia.

A manifestação faz parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres da Via Campesina, e no maranhão as trabalhadoras rurais ainda participaram de um encontro para estudo sobre gênero e feminismo e também sobre a expansão do capital na região amazônica.