Nota do MST sobre a atual conjuntura política

O Movimento critica o caráter fascista da política em tempos de retrocessos como este e reafirma a Frente Brasil Popular como polo de unidade entre campo e cidade.
14434939_1245550295517682_4195452860933207476_o.jpg

 

Da Página do MST

 

O MST lançou publicamente nesta sexta-feira (23) uma nota em que analisa a conjuntura política e se posiciona na construção das lutas para superar a crise a que os capitalistas submeteram o pais.

O Movimento também critica o caráter fascista da política em tempos de retrocessos como este. “Aumentam o uso da violência e repressão contra os movimentos populares, entidades de esquerda e democráticas, assim como a qualquer mobilização que se oponha a esse projeto”, afirma trecho da nota. Confira:
 

NOTA DO MST SOBRE A CONJUNTURA POLÍTICA

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra vem a público reafirmar a luta permanente contra o golpe.

Este governo ilegítimo, movido pelos interesses do capital em assegurar suas taxas de lucro durante este período de crises, vem implementando uma nova ofensiva neoliberal, tendo como linha de frente as instituições do estado, os poderes executivo, legislativo e judiciário e a mídia golpista.

A Constituição brasileira está sob ameaça, revelando a natureza antidemocrática e golpista desse governo, que promove grandes retrocessos constitucionais e acentua a crise social. Estamos vivendo na prática um verdadeiro Estado de Exceção.

Aumentam o uso da violência e repressão contra os movimentos populares, entidades de esquerda e democráticas, assim como a qualquer mobilização que se oponha a esse projeto.

Nós reafirmamos nosso compromisso com a luta pelo Fora Temer e Nenhum Direito a Menos, assumido coletivamente na Frente Brasil Popular. Também nos somamos à bandeira das Diretas Já, que tem ganhado força nas ruas como saída democrática e como tom de denuncia à possibilidade de convocação de eleições indiretas através do Congresso Nacional, impedindo o povo de participar no destino do país.

Neste sentido se faz necessário a construção de uma Reforma Política profunda, que mude o sistema político, através de uma constituinte com grande participação popular.

Seguiremos fortalecendo a Frente Brasil Popular como uma ferramenta para a luta de massa e de enraizamento em todas as cidades do Brasil.

E convocamos toda a militância e toda a classe trabalhadora a somar forças com as categorias de trabalhadores e trabalhadoras na construção da Greve Geral.

Fora Temer!

Nenhum direto a menos!

Diretas Já!

Lutar, construir reforma agrária popular!

Direção Nacional do MST, 16 de setembro de 2016