Universidade Federal do Ceará realiza Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária

Atividade relembrou os 21 anos do massacre de Eldorado dos Carajás e exigiu o fim da violência contra os trabalhadores e trabalhadoras do campo.

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Por Erius Tiarajú e Iris Carvalho
Da Página do MST
Fotos: Cláudio Rodrigues

 

Era noite de lua e as sombras de uma árvore centenária no bosque da reitoria da Universidade Federal do Ceará – UFC, no dia 16 de maio, foi o ponto de encontro de amigos, professores e militantes sociais para confraternizar e comemorar o encerramento da IV Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária – Jura.

 

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Era também momento de indignação pelo avanço da violência no campo, como foi destacado pela professora Adelaide Gonçalves. Segundo ela, “a violência no campo não pode ficar impune como em Eldorado dos Carajás, que completou 21 anos, e que até hoje continua sem solução”.

Gonçalves também destacou a importância da Jura para a universidade, por estabelecer o necessário debate sobre a Reforma Agrária Popular, e defendeu a criação do curso de Direito da Terra.

Também esteve presente o vice-reitor da UFC, professor Custódio Luís da Silva de Almeida, que destacou a parceria entre a universidade e o MST para a realização dos cursos de Pedagogia da Terra, Jornalismo da Terra e Juventude, e afirmou que a instituição segue aberta ao diálogo.

No evento, também foi lançado o livro À sombra da castanheira: luta camponesa, cultura, memória e história, um resultado da Jornada Universitária, que presta homenagem a Eric Nepomuceno. A publicação foi organizada por Amanda Sampaio, Lucas Assis e Romário Bastos. Para encerrar, houve ainda a apresentação do Quarteto de Cordas da UFC, e uma mística que relembrou passagens do livro de Nepomuceno, “O Massacre”.

 

*Editado por Leonardo Fernandes