Projeto conecta pessoas como forma de ocupação e resistência

A Mesa de Thereza, da artista plástica Thereza Portes, inspirado em sua infância, consiste em servir café da manhã em ruas e locais inusitados de Belo Horizonte.

 

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Café reuniu  Sem Terra e visitantes do Festival na manhã deste domingo (08). Fotos: Mídia Ninja

Por Thanee Degasperi – Mídia Ninja
Da Página do MST

Na manhã deste domingo (08) no Festival de Arte e Cultura da Reforma Agrária aconteceu a Mesa de Thereza, projeto da artista plástica Thereza Portes, inspirado em sua infância, que consiste em servir café da manhã em ruas e locais inusitados de Belo Horizonte, para conectar as pessoas e como forma de resistência e ocupação da cidade. 

Thereza trouxe suas mais de mil xícaras, fruto de doações de seus vizinhos, já que o projeto iniciou em sua rua, no centro de Belo Horizonte, onde ela contava a sua história de vida e como sua avó coava café para todos os pacientes que chegavam a casa de seu avô que era médico. 

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Foto: Mídia Ninja

“Aí eu levo minha história pra rua, e começo a coar como minha vó coava, o café novo, e começo a chamar os vizinhos de um centro, hipercentro urbano pra conviver. É muito mais uma intervenção, um tipo de comunicação com a cidade, compartilhamento”, relata Thereza.

A artista decidiu trazer sua mesa de café da manhã para o Festival de Arte e Cultura da Reforma Agrária como uma forma de unificar as trabalhadoras e trabalhadores do campo que estão expondo seus produtos na Serraria Souza Pinto, onde ocorre o evento, e também para homenageá-los. 

O Encontro Regional Sudeste de Agroecologia (ERÊ), que acontece concomitante ao Festival também realizou ação parecida. No Viaduto Santa Tereza, em frente a Serraria Souza Pinto, local das atividades do MST, o ERÊ serviu também um café da manhã com alimentos coletados em atividade promovida pelo Encontro, a Bicicloleta. 

A Bicicloleta consiste em um tour pelo centro de Belo Horizonte, em locais previamente mapeados pela organização do ERÊ para a coleta,  feita de bicicleta e com os equipamentos necessários, de frutas, hortaliças, plancs e toda sorte de vegetais comestíveis, que, como já citado, serviram de alimento oferecido à população também neste domingo, 8 de outubro. A ação, que serviu também de mapeamento de hortas urbanas e locais onde é possível encontrar estes alimentos em Belo Horizonte, os focos de agroecologia no meio de prédios e asfalto.

Mais uma vez, pessoas se mostraram solidárias à causa do MST, e fizeram parte deste importante Festival que traz a arte e a cultura do campo para a cidade, onde foi possível realizar trocas e ter experiências como estas oferecidas por Thereza e pelo ERÊ, misturando o Festival com o cenário da cidade e trazendo mais pessoas para perto do Movimento.

*Editado por Iris Pacheco