“Futebol pode empoderar mulheres”, afirmam jogadoras

Jogadoras participaram da inauguração do campo de futebol Dr. Sócrates Brasileiro
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Mulheres do MST após o jogo de inauguração do campo Doutor Sócrates Brasileiro em Guararema / Foto: Jade Percassi

 

Por Juliana Goncalves
Do Brasil de Fato

Assentada do MST de Dionísio Cerqueira, pequena cidade em Santa Catarina, Maike Weber começou cedo a arte da bola. “O futebol ampliou minha visão de mundo”, conta a jogadora que hoje defende o Flamengo.

Weber foi destaque do jogo que ocorreu neste sábado (23) na inauguração do Campo Dr. Sócrates Brasileiro, localizado na Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema (SP). A goleira defendeu um pênalti do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tomou um gol dele, na sequência.

Sobre mulheres no futebol, ela afirma que o quadro ainda não é positivo. “Ainda existe muito preconceito, a mulher no futebol ainda é excluída”. Ela considera que a situação apresentou uma leve melhora depois que os times tiveram que apresentar uma equipe feminina como condição de participação na Copa Libertadores das Américas.

Luana Gonçalves Torres, filha de assentada do MST e dirigente regional de Ribeirão Preto (SP) também disputou uma partida pelo time anfitrião e se diz incomodada com a diferença que homens e mulheres são tratados no esporte. “A mulher sempre foi protagonista de diversos processos históricos, mas sempre silenciada”, conta. “Estar aqui hoje em times mistos é também honrar um lugar que às vezes é renegado às mulheres no futebol”, concluiu.