Espaço de comercialização Terra Crioula se consolida na Lapa, Centro do Rio de Janeiro

O espaço surgiu, inicialmente, pela necessidade de trazer para a capital os produtos das áreas de Reforma Agrária do interior do Rio de Janeiro.
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Mário, agricultor da regional Sul, comercializando seus produtos. Fotos: Pablo Vergara / MST -RJ

 

Por Comunicação MST-RJ
Da Página do MST

 

A proposta de construção de um espaço de comercialização de produtos oriundos da Reforma Agrária Popular no Rio de Janeiro chega a sua décima edição e se consolida como um forte veículo das relações sociais e de diálogo com a sociedade civil na capital carioca.

Este espaço tem se caracterizado por ser um articulador entre o campo e a cidade. Inicialmente, surgiu pela necessidade de trazer para a capital os produtos produzidos pelas áreas de Reforma Agrária no interior do Rio de Janeiro.

Visa dar continuidade aos pontos de comercialização já estabelecidos, como a Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes, espaço simbólico no coração do Centro do Rio, oficializado como Patrimônio Imaterial da cidade pela lei 5.999/2015.

“Desde o início se pensou em formar uma estrutura de tornar quinzenal a entrega de cestas da reforma agrária e fortalecer as redes de comercialização dos produtos dos agricultores rurais sem-terra, assentamentos e acampamentos das quatro regionais do Estado” relata Marcelo de Souza, da direção do MST.

Mística de abertura

O Terra Crioula contempla a diversidade do MST  no Rio de Janeiro e sua amplitude inter-setorial. Dessa forma que o espaço Terra Crioula se formula como um ponto de encontro e pedagógico, onde as diversas dimensões do Movimento se relacionam com a população carioca”, explica Marcelo.

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Além da produção agrícola in natura e agroindustrializada dos camponeses Sem Terra, há também a Culinária da Terra, importante espaço que caracteriza a comercialização de comidas produzidas com alimentos sadios, na procura de fortalecer o diálogo sobre a importância da alimentação como um ato político e pela soberania alimentar.

Na mesa são pratos com alimentos agroecológicos, produto da Reforma Agraria Popular. Quem chega ao Espaço de Comercialização Terra Crioula encontra também o Setor de Saúde, com sua ampla produção de Fitoterápicos e espaços de cuidados do corpo, como a massoterapia, shiatsu e ventosaterapia, bem como o Setor de Educação, trazendo os livros da Expressão Popular, entre outros materiais.

Diversas atividades com o caráter de formação acontecem no decorrer da programação do Terra Crioula, de acordo com cada edição, como debates e cineclubes, fortalecendo os trabalhadores do campo e da cidade.

 

Culinária da terra

A cultura e musicalidade são elementos importantes nas atividades do espaço, com foco na resistência cultural. Durante as quartas-feiras o palco é aberto para músicos com histórico de resistência e fortalecimento da raiz cultural do Rio de Janeiro.
 

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Apresentações de grupos de samba, MC’s de Funk de protesto, MC’s de Rap, bandas de forró da capital, poesia e teatro. Desde o início, o MST busca ampliar as apresentações e abrir espaços de apresentações para os parceiros e parceiras do Movimento.

Nesta quarta-feira (21), o Espaço de Comercialização Terra Crioula receberá em sua décima edição, apresentação do Samba Brilha, samba de resistência cultural com apresentação de Margarete Mendes, cantora que participa ativamente da roda.

Coletivo Primavera das Mulheres

A programação do Espaço, nesta edição, conta ainda com o DJ Buiu, Afro Beats, a partir das 17hrs. Para dar continuidade, entra o Samba Brilha, samba de resistência cultural às 18:30, com presença confirmada da cantora Margarete Mendes.

 

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*Editado por Rafael Soriano