Mulheres Sem Terra realizam conferência com Dilma e marcha em Porto Alegre
Da Página do MST
Mulheres do MST do Rio Grande do Sul realizam nesta terça-feira (6) uma conferência com a presidenta Dilma Rousseff. O evento acontecerá no Assentamento Capela, em Nova Santa Rita, a 40 quilômetros de Porto Alegre.
A atividade, que começará às 15h30, integra a programação da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra. Conforme Salete Carollo, da direção estadual do MST, o objetivo é motivar as camponesas a continuarem mobilizadas em defesa de seus direitos. Neste sentido, Dilma falará para cerca de 1 mil participantes de todas as regiões do estado sobre o tema: “Em defesa da Democracia e da Soberania Nacional: As mulheres como sujeitos de resistência”.
“Trataremos de resistência e democracia, e ninguém melhor que uma mulher, que sofreu um golpe misógino e que não cometeu crime algum, para compartilhar conosco o seu testemunho de vida”, explica Salete.
O evento, que será transmitido ao vivo pelo Facebook, na página “Rede Soberania”, também reunirá mulheres militantes de outras organizações populares, como o Movimento das Trabalhadoras e dos Trabalhadores por Direitos (MTD), o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), o Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e o Levante Popular da Juventude, além de catadoras de materiais recicláveis e várias outras trabalhadoras urbanas.
Marcha no dia 8 de Março
A Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra acontece sempre na semana do 8 de Março, data conhecida como Dia Internacional da Mulher. Este ano o lema da jornada é “Quem não se movimenta, não sente as correntes que a prendem”, uma frase (adaptada) da revolucionária Rosa Luxemburgo. Da mesma forma que ocorreu em 2017, haverá na capital na próxima quinta-feira (8) uma grande marcha unificada, que envolverá pelo menos 2 mil trabalhadoras camponesas e urbanas.
Na ocasião, as mulheres pautarão temas que dizem respeito a toda a classe trabalhadora e, para reforçar as denúncias públicas, realizarão protestos em lugares específicos.
De forma geral, a iniciativa será em defesa da democracia e da soberania nacional; contra a retirada de direitos sociais, a reforma da previdência, a mercantilização e a privatização das águas e das terras brasileiras; e em repúdio ao machismo, à paralisia da Reforma Agrária e ao desmonte de políticas públicas, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Elas também denunciarão o fechamento e o sucateamento das escolas, bem como as precárias condições e a falta de transporte escolar. Ainda na pauta, está a reivindicação de medidas imediatas para amenizar os efeitos da seca na metade sul do RS.
A marcha, que percorrerá cerca de dez quilômetros, está marcada para sair às 7 horas do antigo posto fiscal da receita, localizado nas proximidades da ponte do Guaíba, em Porto Alegre, e deverá encerrar no Centro da cidade. Porém, conforme as organizadoras, durante todo o dia 8 de março ocorrerão atividades alusivas ao Dia Internacional da Mulher na cidade.