Sem Terrinha em Alagoas realizam ato por melhorias na educação em Atalaia
Por Gustavo Marinho
Da Página do MST
As crianças educandas da Ciranda Infantil Dorcelina Folador, no município de Atalaia, na Zona da Mata de Alagoas, iniciaram a manhã de hoje (01) um protesto na sede da Secretaria de Educação Municipal, denunciando o descaso que vive o espaço educativo que tem mais de 70 crianças matriculadas dos acampamentos, assentamentos e povoados da região.
“A situação hoje é de um verdadeiro caos. Banheiros sem manutenção, portas das salas, falta de ventiladores… Diversos problemas estruturais que não garantem segurança e dignidade às crianças”, explicou a direção do MST no Alagoas. “Hoje a aula é aqui como forma de protesto”.
Ainda de acordo com a direção do Movimento, já foi feito um convite aos gestores municipais para que pudessem passar um dia vivenciando as dificuldades do espaço, mas até agora o convite não foi aceito.
Com cartazes e palavras de ordem, a aula na Secretaria de Educação reúne todos os educandos e educandas da Ciranda, além das educadoras, pais e responsáveis das crianças, que pedem a melhoria no espaço e maior atenção da gestão municipal com a educação.
Inaugurada no ano de 2011 no Assentamento Milton Santos, a Ciranda Infantil Dorcelina Folador é resultado do processo de luta e organização do MST na região para a construção de um espaço que pudesse receber não só as crianças das área de reforma agrária, como também dos povoados próximos da região.
“Por ser fruto da nossa luta pela educação no município, é fundamental que as crianças saibam e se envolvam nesse processo, inclusive como um processo pedagógico”, reforça a direção do MST.
O modelo pedagógico adotado pela Ciranda e pelo conjunto das Escolas coordenadas pelo MST, passam pela necessidade de entender o lugar e o papel dos sujeitos em sua história, seja na luta por direitos ou pela manutenção das conquistas.
Essa não é a primeira vez que a manutenção da Ciranda entra na pauta de reivindicações do MST com a prefeitura municipal. As crianças, educadoras e educadores exigem a responsabilidade da gestão com o espaço que é pioneiro no estado de Alagoas na educação infantil.
Editado por Fernanda Alcântara