BioNatur é tema de roda de conversa na Vigília Lula Livre
Por Fernanda Almeida
Da Página do MST
A experiência da Rede de Sementes Agroecológicas BioNatur, do Rio Grande do Sul, foi tema de uma roda de conversa na Vigília Lula Livre, em Curitiba (PR), nesta segunda-feira (1).
A atividade teve assessoria do militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Roberto Gaiardo, acampado em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, e de Daniel Rodrigues e Celio Andrei Schimith, integrantes do MST-PR. Participaram da atividade militantes do MST da região Sul do Paraná, que passarão 15 dias em Curitiba compondo a Vigília.
A BioNatur é uma cooperativa de agricultores e agricultoras assentados pela Reforma Agrária. O banco de sementes agroecológicas da Rede tem 38 variedades de hortaliças e 18 de grãos e cereais em geral.
Nos estados do Rio Grande do Sul e Minas Gerais são mais de 200 famílias envolvidas na produção dessas sementes. As sementes são comercializadas em todo o Brasil e também exportadas para a Venezuela. Parte da produção dos cooperados é voltada para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) criado em 2003 durante o governo Lula.
Ao longo da conversa, os assessores apontaram as diferenças entre o agronegócio e agroecologia. Entre elas, destacaram que enquanto o agronegócio defende a ideia do monocultivo, ou seja, de não se ter mais de uma variedade de produção no mesmo espaço, a agroecologia mostra que é possível ter muitas variedades de alimentos sobre a terra, sem degradá-la.
“Pra fazer agroecologia é preciso ter Reforma Agrária, divisão da terra para todos. Sem semente não há vida”, afirmou Daniel Rodrigues, do MST-PR.
“A agroecologia é o cuidado com a terra e a produção de alimentos saudável, sem veneno”, comentou José França, militante do MST da brigada região sul do Paraná.
*Editado por Fernanda Alcântara