Produção natural do MST ganha espaço nas universidades da Bahia
Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST
Nos dias 21 e 22 de agosto, aconteceu na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), no polo de Santo Antônio de Jesus, a 2° Feira da Reforma Agrária no Campus.
A Feira se consolida cada vez mais enquanto espaço de debate, troca de conhecimentos, união e integração do campo e cidade, onde se encontra alimentos saudáveis e uma parcela da cultura do campo.
Para Elaine Fritz, da direção estadual do MST, “esse é o momento mais oportuno e importante [para a realização da feira], porque o cenário conjuntural é caótico e criminalizatório, e todas as lutas sociais estão sendo subjugadas pelo governo. Assim, começamos a desmistificar essa ideia em lugares estratégicos, e a universidade é um desses lugares”.
“Fazemos questão de trazer alimentos saudáveis, livres de veneno, para mostrar para a sociedade qual a pauta do MST e como está sendo está construção na prática” conclui Fritz.
Já Jairo Sampaio, agrônomo, esteve prestigiando e comprando alimentos e ficou satisfeito com o resultado. “Essa feira é fundamental, ainda mais quando no Brasil vários venenos são liberados para serem usados na agricultura. Hoje, vir aqui e ver uma produção de alimentos saudáveis faz a diferença”, termina Sampaio.
Práticas de saúde
Paralelo à Feira, o MST organizou um espaço para práticas populares de saúde, entre elas a massagem, a ventosa e auricoloterapia. Também houve exposição de fitoterápicos e fitocosméticos, também produzidos por assentados e acampados.
Camila Góes, médica do MST e professora da UFRB, ressaltou esta experiência. “Estamos construindo uma experiência de Saúde do Campo na UFRB em parceria com o MST. Os estudantes de medicina, psicologia, nutrição e enfermagem vão até o assentamento sentir na pele como os trabalhadores rurais vivem e desenvolvem atividades de cuidado sob a supervisão dos professores”.
Camila também falou sobre a importância do espaço nas universidade. “Na feira, no Centro de Ciências da Saúde já são os assentados que ocupam a Universidade, com a produção da agricultura familiar e também com as práticas populares de cuidado. Tem sido uma troca muito rica, onde os profissionais saem mais qualificados para atender essa população” afirma Goes.
As práticas de saúde é o resgate dos saberes populares, da medicina natural e da vida em conjunto com a natureza, é a volta do homem as suas origens e aos ensinamentos dos nossos pais.