Entidade pede investigação sobre apreensão do servidor do Indymedia
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Entidade pede investigação sobre a apreensão do servidor do Indymedia
13/10/2004
Com Adital
A Federação de Imprensa Internacional (FIP) solicitou uma investigação sobre a apreensão do servidor que hospedava sítios dos Centros de Mídia Independente (Indymedia).
No último dia 7, 22 sítios foram afetados e impedidos de ter acesso a Internet, depois da participação de agentes da FBI, em Londres.
A investigação foi solicitada para explicar os fatos que – segundo o Indymedia – merecem explicações. As últimas informações são de que pedidos vindos da Suíça e da Itália foram responsáveis pelo fechamento do servidor Rackspace.
De acordo com a agência Pulsar, o procurador geral da Genebra, Daniel Zappelli, reconheceu ter aberto uma investigação judicial, depois da denúncia de dois inspetores da cidade suíça, pela publicação de suas fotos, do endereço e do nome de um deles na versão francesa do Indymedia. Mas o fiscal se limitou a dizer que não iria dar
mais informações.
Segundo jornais de Genebra, foi a polícia da cidade que recorreu ao FBI estadunidense para que a fotos fossem retiradas. Contudo, no dia 22 de setembro, o site retirou as fotografias, o que não impediu que na semana passada o FBI apreendesse a empresa comercial que aloja vários servidores do Indymedia e retirasse toda a informação.
Por sua parte, o FBI informou que a operação se tratou de uma “cooperação policial” entre os países e que a empresa Rackspace, ainda com servidor situado em Londres, é de nacionalidade estadunidense.
Essa é a terceira vez que o governo americano apreende os sítios do Indymedia. Em 2001, durante os protestos contra a ALCA em Québec e em 2004, durante os protestos contra a convenção do Partido Republicano em Nova Iorque, o FBI e o serviço secreto entraram com mandados exigindo os endereços de IPs (identidades) dos usuários do site. Desde os protestos em Québec a maior parte dos sítios do Indymedia não registra os endereços de IP para proteger a privacidade dos seus usuários.
Os sítios hospedados nos servidores apreendidos são da Ambazônia, Uruguai, Andorra, Galícia, Reino Unido, Antuérpia, Marselha, Nice, Vlaanderen, Nantes, Massachussets, Lilles, País Basco, Liege, Belgrado, Portugal, Praga, Brasil, Itália, Alemanha, Polônia e Nova Iorque. Estavam também hospedados um servidor de rádio e uma distribuição de Linux (software livre).