MAB critica redução de tarifa com base em cadastro de programas sociais
Com informações do MAB
No ano passado, o governo federal decidiu reduzir o valor da tarifa da energia elétrica para quem consome pouca energia e recebe ajuda do Bolsa Família. A experiência começou na Bahia com famílias que fazem parte do cadastro único de programas sociais e consomem até 220 kWh por mês. A decisão provocou polêmica. Entre os principais críticos da opção do governo está o MAB (Movimento dos Atingidos por Barragem). “A tarifa social de energia elétrica é um avanço para o país e uma conquista da luta popular para baixar o preço da energia, mas ainda é insuficiente”, afirma Marco Antônio Trierveiler, integrante da direção nacional do Movimento.
Segundo ele, esse projeto vai beneficiar apenas uma parte da população pobre do país. “Tem muito trabalhador que, infelizmente, por causa das regras, não podem ser incluídos no bolsa-família. Muita gente pobre que trabalha o mês inteiro, que ajuda a construir a riqueza prá esse país e está fora do programa”, diz.
Na primeira quinzena de março de 2007, o MAB pretende fazer mobilizações para protestar contra o alto custo da energia elétrica. As manifestações vão contar com o apoio de outros movimentos como a Via Campesina, a CUT (Central Única dos Trabalhadores), além de associações de bairros e igreja. “Haverá mobilização de rua reivindicando uma medida afetiva que vá além dos avanços que foram anunciados pelo governo hoje”, afirma Trierveiler.