Ministro Vannuchi acompanhará caso de assassinato de Keno
A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, em conjunto com o Ministério da Justiça, tomarão as providências cabíveis em relação ao caso do assassinato do militante da Via Campesina, Valmir Mota de Oliveira, Keno, ocorrido no dia 21 de outubro. Keno foi executado com dois tiros por seguranças contratados pela empresa multinacional Syngente Seeds.
O envolvimento da Secretaria foi conseguido depois que os deputados Adão Pretto (PT/RS) e Dr Rosinha (PT/PR) se reuniram com o Ministro, ontem, dia 31, em Brasília. “Conversarei com o Tarso Genro (Ministro da Justiça) e podemos entrar com uma queixa-crime assim que o relatório estiver pronto”, disse o ministro Vannuchi.
O assassinato de Keno ocorreu durante ataque de uma milícia com cerca de 40 pistoleiros ao acampamento do campo de experimento da multinacional Syngenta contra os membros da Via Campesina. Além de Keno, outros seis trabalhadores ficaram gravemente feridos. O campo da Syngenta fica em Santa Tereza do Oeste, Paraná.
Para o deputado federal Adão Pretto (PT/RS) o assassinato de Keno foi uma afronta aos parlamentares que no último dia 18 de outubro estiveram em Curitiba para participarem de audiências públicas que denunciaram a ação de milícias armadas contratadas pelos ruralistas paranaenses. “Estivemos em três audiências representando a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e lá eles já afirmaram que iam contratar seguranças para promover o despejo dos militantes que ocuparem as áreas improdutivas do Paraná”, disse.