MST segue mobilizado no prédio do Incra em São Paulo

A ocupação da sede do Incra (Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária), em São Paulo, completa dez dias nesta quarta-feira (30/07). Os 400 trabalhadores trabalhadoras do MST permanecem no local.

No mesmo período, os escritórios regionais do Incra nas cidades de Apiaí, Itapeva, Araraquara, Taubaté e Teodoro Sampaio também foram ocupados. Todas as ações fazem parte da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária e ocorre também em regiões do interior de São Paulo e em outros estados do país.

Na segunda-feira (28/07), representantes do MST-SP participaram de uma audiência com o superintendente do Incra e sua equipe. Nessa reunião três pontos foram destacados: a melhoria das condições de vida nos assentamentos, que carecem de investimentos em infra-estrutura (água, luz, estrada); o assentamento imediato de 1.600 famílias acampadas, uma vez que algumas delas estão há pelo menos 5 anos vivendo sob as lonas pretas; além de assistência técnica e fomento à cooperação, agroindústria e agroecologia para garantir condições básicas na produção de alimentos.

Os representantes do Incra alegaram falta de recursos para atender as necessidades destas famílias, em vista disso as ocupações continuam. O MST visa agora dar continuidade à sua luta e exige uma audiência com o presidente do Incra Nacional para discutir o orçamento da Reforma Agrária no país. “Gostaríamos que isso se resolvesse hoje, mas enquanto as demandas dos trabalhadores não forem atendidas, continuam as mobilizações”, enfatiza José Batista de Oliveira, da coordenação nacional do MST.