MAB contesta liberação das obras da hidrelétrica de Jirau
A licença de instalação parcial da Usina Hidrelétrica de Jirau, que será construída no Rio Madeira, no estado de Roraima, foi emitida na última quinta-feira (13/11) pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). A autorização foi dada para o consórcio de empresas liderado pela multinacional franco-belga Suez.
O começo da obra será a nove quilômetros de distância do local previsto no projeto original. A mudança ocorreu sem um novo o Eia-Rima (Estudo de Impacto Ambiental). As empresas e o Ibama consideram desnecessário o novo estudo e apontam que o desvio irá reduzir os impactos ambientais do empreendimento. O integrante da coordenação nacional do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), Gilberto Cervinski, contesta a afirmação.
“A liberação da licença sem estudos vai atender a pressão e o interesse dessas grandes empresas multinacionais. Os estudos ambientais feitos da forma que foram feitos, não são sérios. Quem fez esses estudos foram as próprias empresas privadas. Elas ajustaram conforme interesse delas”.
Para emitir a licença o Ibama fez algumas exigências às empresas, como investimentos de R$ 1,5 milhão em pesquisa e desenvolvimento de espécies da fauna ameaçadas da região. Segundo Cervinsk, as mesmas exigências já foram feitas a outras empresas e nunca foram cumpridas.