MST visita Memorial das Ligas Camponesas no Nordeste

 

Da Página do MST

 

No dia primeiro de agosto os militantes do MST no Nordeste visitaram o Memorial das Ligas Camponesas, localizado no município de Sapé, no estado da Paraíba.

 

Da Página do MST

 

No dia primeiro de agosto os militantes do MST no Nordeste visitaram o Memorial das Ligas Camponesas, localizado no município de Sapé, no estado da Paraíba.

 
A casa onde viveu João Pedro Teixeira, Elisabeth Teixeira e seus 11 filhos virou um museu da história desta organização que foi uma das primeiras na luta pela terra da região Nordeste. 
 
As Ligas Camponesas foram associações de trabalhadores rurais formadas em Pernambuco e, depois, em estados como Paraíba, Rio de Janeiro e Goiás.
 
Surgiram em 1955 e se estenderam até 1964 com o objetivo de lutar pela reforma agrária e pela posse de terra.
 
Na Paraíba, destacou-se o núcleo de Sapé, liderados por João Pedro Teixeira. Em 2012, completa-se 50 anos do assassinato deste líder, que foi vítima de uma emboscada em 02 de abril de 1962. 
 
A Liga de Sapé foi considerada uma das maiores da época, chegando a reunir de 13 a 16 mil trabalhadores associados. “O nível de organização das Ligas de Sapé era impressionante: em duas horas eles juntavam 5 mil trabalhadores, com a utilização de foguetes que os chamavam para a luta”, declarou Antônio Alberto Pereira, professor e diretor da ONG Memorial das Ligas Camponesas. 
 
O museu traz várias notícias dos jornais da época sobre as Ligas que remontam a história da luta por reforma agrária naquela conjuntura. “O memorial é importante porque afirma o espírito de luta das ligas por justiça social, dignidade e Reforma Agrária. Ele nos anima a seguir em frente, pois estamos no caminho certo fazendo a luta de classes para mudar a estrutura agrária de nosso país”, afirma Maria de Jesus dos Santos, dirigente do MST do estado do Ceará.  
 
O Memorial das Ligas Camponesas está localizado num sítio chamado Barra de Antas, município de Sapé, numa área que é reivindicada há 15 anos para a reforma agrária.
 
“O MST se comprometeu a apoiar esta luta para que essa área seja desapropriada e destinada a reforma agrária. Depois de tantos anos, a oligarquia agrária ainda resiste nesta região com muita força”, conclui Julianne Carneiro, dirigente do MST da Paraíba.
 
As Ligas Camponesas deixaram um legado de luta importante nas áreas em que atuaram e foram absorvidos por outras organizações, como os sindicatos de trabalhadores rurais, o MST e outros movimentos sociais que lutam pela Reforma Agrária.