Camponesas marcham contra a violência e pela Reforma Agrária em Alagoas
Da Página do MST
No dia Internacional de Luta das Mulheres, trabalhadoras rurais de Alagoas organizadas no MST marcharam pela cidade de Atalaia (45km da capital Maceió). De lenço lilás e fitas pretas, as camponesas caminharam representando o luto contra a violência às mulheres e a vida dos trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra pelas mãos do latifúndio.
A mobilização soma-se a tantas outras que acontecem de Norte a Sul do país, formando a Jornada de Lutas das Mulheres da Via Campesina.
Da Página do MST
No dia Internacional de Luta das Mulheres, trabalhadoras rurais de Alagoas organizadas no MST marcharam pela cidade de Atalaia (45km da capital Maceió). De lenço lilás e fitas pretas, as camponesas caminharam representando o luto contra a violência às mulheres e a vida dos trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra pelas mãos do latifúndio.
A mobilização soma-se a tantas outras que acontecem de Norte a Sul do país, formando a Jornada de Lutas das Mulheres da Via Campesina.
“Hoje não é dia de comemoração, é dia de muita luta! E é por isso que nós, mulheres Sem Terra, estamos nas ruas de Atalaia para dialogar com o povo dessa cidade”, disse Taciana Ribeiro, da Direção Nacional do MST. Os destinos da marcha eram o Fórum de Justiça e a Secretaria de Educação de Atalaia.
Durante a caminhada pelas ruas, as trabalhadoras faziam um chamado a todas as mulheres da cidade, “convidamos todas as mulheres do campo e da cidade a engrossarem as nossas fileiras. Somente com organização conseguiremos força para lutar, conseguir nossos direitos e transformar a sociedade que vivemos”, afirmou Zezé, da Direção Estadual do Movimento.
“Não vamos ficar caladas!” – No Fórum de Justiça da cidade, as camponesas entregaram um documento ao poder judiciário local exigindo a prisão dos mandantes e assassinos dos trabalhadores rurais daquela região.
A cidade, com população majoritariamente camponesa, sendo que muitas pessoas vivem nos acampamentos e assentamentos do MST, também é conhecida pela impunidade frente aos crimes cometidos contra lideranças Sem Terra do local.
Como são os casos de Jaelson Melquíades, morto em 2005, Chico do Sindicato, em 1995, e Luciano Alves, em 2003; todos brutalmente tombados por fazerem enfrentamento direto com a elite atalaiense.
“A justiça só serve para os ricos, enquanto os pobres no campo são mortos e esquecidos rapidamente”, denunciou Zezé, que exigia respeito das autoridades locais. “Somos nós que colocamos a comida saudável para quem vive na cidade se alimentar, basta de violência contra o povo do campo, chega de impunidade”, concluiu.
Fechar escola é crime! – O mesmo município que é palco dos assassinatos de trabalhadores Sem Terra também ataca o desenvolvimento das crianças e jovens no campo, com a ameaça de fechar escolas do meio rural.
No início de 2013, a Secretaria de Educação fechou uma escola no Assentamento Timbozinho, transferindo 32 crianças para a escola João Cordeiro, no povoado Ouricuri, com 50 crianças em uma única sala de aula.
“Mais outros dois assentamentos na região tiveram suas escolas ameaçadas: o Assentamento Brasileira e o São Pedro. Apesar da ameaça, as escolas continuam abertas por conta da resistência das comunidades”, denunciou Luana Pommé, do Setor de Educação do MST.
Na carta entregue à Secretaria de Educação, as camponesas exigem a imediata paralisação da política de fechamento das escolas no campo e melhores condições estruturais para o desenvolvimento educacional no campo e do campo.