Julgamento dos assassinos de Sem Terra é adiado em Alagoas
Por Gustavo Marinho e Rafael Soriano
Da Página do MST
Marcado inicialmente para o início da manhã desta segunda-feira (3), o julgamento dos acusados de mandante e executores da morte do Sem Terra Luciano Alves, o “Grilo”, foi adiado para o próximo dia 17/07, no Fórum de Justiça da Cidade de Arapiraca (AL).
Por Gustavo Marinho e Rafael Soriano
Da Página do MST
Marcado inicialmente para o início da manhã desta segunda-feira (3), o julgamento dos acusados de mandante e executores da morte do Sem Terra Luciano Alves, o “Grilo”, foi adiado para o próximo dia 17/07, no Fórum de Justiça da Cidade de Arapiraca (AL).
A violência e injustiça é uma característica do contexto rural alagoano, marcado por crimes de pistolagem contra lideranças Sem Terra. Além de Luciano Alves, executado em 2003, também aguardam uma definição da justiça os casos de Chico do Sindicato (morto em 1995), de José Elenilson (assassinado no ano 2000) e de Jaelson Melquíades (dirigente assassinado em 2005).
As mobilizações em torno do caso da morte de Grilo já resultaram na vinda do Ministro do Desenvolvimento Agrário até a região do crime, bem como da visita no local do crime do Ouvidor Agrário Nacional. Além destas ocasiões, todos os anos o MST organiza no estado de Alagoas o Dia Estadual de Luta Contra Violência e Impunidade no Campo e na Cidade, no mês de novembro. Contudo, a injustiça e a impunidade continuam imperando.
Histórico
Assassinado em uma emboscada em setembro do ano de 2003, Grilo, como era conhecido, era uma das lideranças do MST na região do Agreste alagoano. Foi tombado por volta das 21h do dia 7/09/2003 numa estrada de terra em Craíbas, enquanto se deslocava ao assentamento em que morava (em Girau do Ponciano). Desde então, nem os mandantes nem os pistoleiros foram julgados.
À época, a região, que abriga o maior assentamento de Alagoas, o Dom Hélder Câmara, vivia uma efervescência na luta pela terra, com ocupações, expropriações de mercados e mobilizações pela Reforma Agrária. Quase dez anos depois, o júri popular é adiado em mais de um mês enquanto os acusados pelo assassinato continuam em liberdade.