Juventude se organiza na luta pela terra no Paraná
Da Página do MST
Mais de duas mil famílias Sem Terra já estão cadastradas no mais novo acampamento do estado do Paraná, no município de Rio Bonito do Iguaçu, região centro do estado.
Acampados no lote de um agricultor do Assentamento Ireno Alves dos Santos desde o último 1° de maio – data que dá nome ao acampamento –, os Sem Terra se preparam para uma nova onda de lutas pela terra no estado.
Da Página do MST
Mais de duas mil famílias Sem Terra já estão cadastradas no mais novo acampamento do estado do Paraná, no município de Rio Bonito do Iguaçu, região centro do estado.
Acampados no lote de um agricultor do Assentamento Ireno Alves dos Santos desde o último 1° de maio – data que dá nome ao acampamento –, os Sem Terra se preparam para uma nova onda de lutas pela terra no estado.
No último domingo (18/05), cerca de 2500 pessoas participaram da primeira assembleia que reuniu todo o acampamento, unindo no coletivo a força e a vontade de lutar de cada família.
Mas as terras conquistadas naquela época já não dão conta de garantir o sustento de todos com a expansão do núcleo familiar.
Apoio
Repressão
Mal começaram a se organizar e os Sem Terra do Acampamento 1° de maio já passam por processos de repressão, mesmo estando dentro de um assentamento.
No último dia 13 de maio, uma mega operação da Polícia do Estado do Paraná invadiu o Assentamento Ireno Alves dos Santos, onde as famílias estão acampadas.
Um mandado de busca e apreensão expedido pelo Poder Judiciário da Comarca de Quedas do Iguaçu e de Laranjeiras do Sul teve com o objetivo colher qualquer prova, sob o pretexto de prender criminosos e madeireiros.
Segundo as famílias, residências dos assentados foram invadidas pela polícia, que intimidou e coagiu familiares, expondo-os à humilhação.
Ainda contam que um professor universitário foi retirado da sua própria sala de aula, sem autorização da direção, nem mandado judicial, violando princípios elementares da Constituição.
Mais de uma centena de policiais com cerca de 50 viaturas participaram da investida. Durante a operação, entretanto, nada foi encontrado.
Na época, a direção estadual do MST disse em nota que “o governo do estado está investindo em financiamento de investigação para empresa privada e não priorizando os interesses do povo”.
Ressaltou ainda que o Poder Judiciário “tem demonstrado de que lado está quando se trata de defender o povo, revelando o apoio à mais grosseira defesa e preservação da injustiça social que aflige, humilha, despreza e, às vezes, até mata trabalhador.”
Em contrapartida, “tem se encarregado de impedir qualquer proposta, ainda que prevista em lei, de políticas públicas, como da Reforma Agrária e da urbana, capazes de ameaçar, ainda que remotamente, históricos privilégios do tipo de propriedade privada de terra que impera no Brasil”.