MST denúncia violação de Direitos Humanos no Acampamento Dom Tomás Balduíno



Da Página do MST


A ocupação da Agropecuária Santa Mônica, hoje denominada Acampamento Dom Tomás Balduíno, está em seu terceiro dia e tem sofrido a conivência do aparato de segurança governamental com o latifúndio.


Em nota, o MST ressalta que apesar dos esforços em estabelecer uma negociação pacífica pela destinação da área para a reforma agrária, a preponderância do uso de poder político e econômico em favor do interesses do Senador Eunício tem neutralizado as negociações e tornado a situação crítica para os trabalhadores na região.


Da Página do MST


A ocupação da Agropecuária Santa Mônica, hoje denominada Acampamento Dom Tomás Balduíno, está em seu terceiro dia e tem sofrido a conivência do aparato de segurança governamental com o latifúndio.

Em nota, o MST ressalta que apesar dos esforços em estabelecer uma negociação pacífica pela destinação da área para a reforma agrária, a preponderância do uso de poder político e econômico em favor do interesses do Senador Eunício tem neutralizado as negociações e tornado a situação crítica para os trabalhadores na região.

O exemplo claro dessa influência é a emissão da ordem proibindo a livre circulação pessoas e alimentos na estrada que liga a cidade ao acampamento. “O Juiz da Comarca de Corumbá, Levi Raja Gabaglia, tem demonstrado extrema parcialidade no caso. Nesta terça-feira emitiu ordem para que seja proibida qualquer circulação de alimentos, automóveis e pessoas entre a cidade e o acampamento. Barreiras da polícia militar goiana foram montadas ao longo de apenas 10 km da GO-225 que separa a cidade da ocupação”, afirmam em trecho da nota.

As famílias resistem organizadas em barracos e pequenas cozinhas e estão exposta às pressões psicológicas e seguidas violações dos direitos humanos por parte do poder executivo e judiciário de Goiás e também dos jagunços do complexo Santa Mõnica.

Confira nota na íntegra:

Denúncia de violação dos Direitos Humanos no Acampamento Dom Tomás Balduíno

O MST vem denunciar as seguidas violações dos direitos humanos que o poder executivo e judiciário de Goiás tem praticado contra as famílias do Acampamento Dom Tomás Balduíno. É urgente que os órgãos federais e organismos de proteção dos direitos humanos se manifestem e articulem para evitar uma situação incontrolável na região.

Apesar de todos os esforços do MST em estabelecer uma negociação pacífica pela destinação da área para a reforma agrária, o senador Eunício Oliveira tem utilizado seu poder político e econômico para neutralizar as negociações e instalar o terror na região, com o objetivo de forçar as famílias a abandonarem seu sonho de conquistar um pedaço de chão.

O Juiz da Comarca de Corumbá, Levi Raja Gabaglia, tem demonstrado extrema parcialidade no caso. Nesta terça-feira emitiu ordem para que seja proibida qualquer circulação de alimentos, automóveis e pessoas entre a cidade e o acampamento. Barreiras da polícia militar goiana foram montadas ao longo de apenas 10 km da GO-225 que separa a cidade da ocupação.

Os policiais têm intimidado todos que circulam na GO, tomando bens pessoais e ameaçando de prisão sem justificativa. E junto com os jagunços da Fazenda tem ameaçado diretamente a coordenação do Acampamento.

Exigimos que os governos Estadual e Federal, bem como o poder judiciário, tomem as devidas providências para cessar imediatamente essas violências físicas e psicológicas. As famílias estão determinadas em negociar pacificamente e esse é o caminho que o MST também reconhece como o ideal para esse momento.

Lutar, construir reforma agrária popular!
Corumbá – Goiás, 03 de setembro de 2014
Direção Estadual do MST – Goiás