Movimentos realizam ato em compromisso com a educação popular

 

Da Página do MST


Nesta sexta-feira (17/10), o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) e o MST realizam em Maceió o ato em defesa da Educação de Jovens e Adultos e da Educação Popular, com o relançamento do livro “O menino que lia o mundo” de Carlos Rodrigues Brandão e debate com o autor. O evento, aberto ao público, acontece às 14 horas no Espaço Cultural do Sinteal (bairro Mutange).

 

Da Página do MST

Nesta sexta-feira (17/10), o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) e o MST realizam em Maceió o ato em defesa da Educação de Jovens e Adultos e da Educação Popular, com o relançamento do livro “O menino que lia o mundo” de Carlos Rodrigues Brandão e debate com o autor. O evento, aberto ao público, acontece às 14 horas no Espaço Cultural do Sinteal (bairro Mutange).

Além da saudação em compromisso com a educação popular e educação de jovens e adultos, das diversas organizações presentes (entre as quais, o MST, o Sinteal, Universidade Federal de Alagoas – Ufal, Universidade Estadual de Alagoas – Uneal, fóruns de educação do estado, grupos acadêmicos e movimento estudantil), a manifestação político-cultural ainda conta com palestra do militante histórico professor Carlos Brandão e apresentações culturais.
 
“A educação de jovens e adultos no Brasil encontra suas raízes na exclusão dos trabalhadores e em especial dos trabalhadores do campo, ainda hoje termos mais de 13 milhões de analfabetos no país não pode ser naturalizado e deve nos indignar!”, lembra Luana Pommé, do coletivo de Educação do MST. Para ela o cenário estatístico do analfabetismo está intimamente ligada à dominação da classe rica, sobre os trabalhadores.
 
Os movimentos convocam a toda sociedade para firmar um compromisso com a erradicação do analfabetismo e pelo desenvolvimento de uma educação que esteja junto ao povo, voltada para seus problemas. “Este dado alarmante é um sinal de que há ainda muito o que ser feito e de que é preciso pensar e fazer a educação popular desde o chão onde pisam os homens e mulheres da classe trabalhadora”, salienta a militante.
 
Como em outros momentos de enfrentamentos e lutas, os movimentos do campo e da cidade mais uma vez se voltam para um projeto popular comum, visto a importância da educação popular, de base e de jovens e adultos para a formação e organização da classe trabalhadora como um todo. Durante o ato, as entidades e organizações presentes lançarão uma carta onde sintetizam suas posições e seus compromissos coletivos com a pauta.
 

Carlos Rodrigues Brandão

 
O professor e autor do celebre livro “O menino que lia o mundo”, Carlos Rodrigues Brandão, é um ícone histórico da formulação e criação da educação popular e da educação de jovens e adultos. Militou e trabalhou junto a Paulo Freire (hoje patrono da educação brasileira) quando iniciavam os círculos de cultura país a fora. Mestre em antropologia social pela Universidade de Brasília (UnB),doutor em ciências sociais pela Universidade de São Paulo (USP) e livre-docente pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
 
Ao longo de sua vida, entre períodos de alguns meses ou de vários anos, lecionou em 12 universidades do Brasil e da Europa. Trabalha atualmente no doutorado em ambiente e sociedade na Unicamp e no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Goiás (UFG). Desde 1963 trabalha como educador popular. É autor de vários livros nas áreas de antropologia social, educação, questões ambientais e literatura.