Trabalhadores Sem Terra debatem a identidade camponesa e a luta pela terra

Por Wesley Lima
Da Página do MST


Militantes, jovens, mulheres e agricultores dos assentamentos e acampamentos do MST da região do extremo sul da Bahia participaram, de 15 a 19/11, da 2º Etapa do Curso de Formação Política.


Tendo como base a formação continuada, o curso trabalhou com questões que pudessem ajudar os trabalhadores a refletir a realidade.

Por Wesley Lima
Da Página do MST

Militantes, jovens, mulheres e agricultores dos assentamentos e acampamentos do MST da região do extremo sul da Bahia participaram, de 15 a 19/11, da 2º Etapa do Curso de Formação Política.

Tendo como base a formação continuada, o curso trabalhou com questões que pudessem ajudar os trabalhadores a refletir a realidade.

Também foi aberto um diálogo mais amplo sobre a identidade camponesa e a importância da luta pela terra na construção de uma sociedade justa e igualitária.

De acordo com Evanildo Costa, da direção estadual do MST, os espaços de formação são de muita importância para as organizações sociais, “principalmente neste momento que o nosso movimento completa 30 anos de luta. Estudar é um princípio da nossa organização, e é uma poderosa ferramenta que nos ajuda a entender melhor o momento político que estamos vivendo”.

Durante os quatro dias de estudo foram abordados diversos temas que ajudaram a compreender a percepção identitária, social, cultural e política dos Sem Terra.

As principais questões apontadas nortearam o debate em torno do processo político social em questão, a industrialização da cultura, comunicação popular, juventude e a fortalecimento da produção familiar.

As rodas de conversa e trabalhos em grupo fomentaram a construção coletiva do saber.

“Capacitação e formação para a militância precisa haver sempre. O espaço e os temas abordados foram muito importantes para analisarmos melhor as relações que estamos construindo com a sociedade e principalmente no campo político”, afirma Claudia Sena, moradora do Acampamento São João.


Turma Fábio Henrique

Nesta etapa do curso os trabalhadores homenagearam o companheiro Fábio Henrique, dando a turma o seu nome e rememorando sua trajetória de luta.

De acordo com os educandos, “Fábio foi um grande lutador e sempre esteve a disposição da luta pela terra e em defesa da Reforma Agrária na região do extremo sul. Nós o homenageamos porque acreditamos que a mesma energia e ânimo que ele tinha para estar à frente de nosso povo, carregamos conosco todos os dias. Fábio Henrique. Presente!”.

O curso de formação política possui três etapas, e a última está prevista para fevereiro. Durante este período os trabalhadores estarão inseridos em suas comunidades fortalecendo a organicidade do Movimento e contribuindo na formação de outros Sem Terra.